
Luís Eduardo Gomes
Enquanto o governador do Estado, José Ivo Sartori, concedia coletiva para anunciar o novo parcelamento dos salários do funcionalismo, a Associação Recreativa Cultural e Beneficiente das Esposas dos Policiais Militares e Policiais Femininas do Nível Médio do Rio Grande do Sul (AESPPOM-RS) realizava um protesto em frente ao Palácio Piratini contra o atraso no pagamento.
Diante do fato que os servidores receberam apenas R$ 600 nesta segunda-feira (31), Claudete Valau, presidente da entidade, afirmou que a situação das famílias de brigadianos é desesperadora. “R$ 600 não é nada, é menos que o salário mínimo. O que tu vai poder comprar com R$ 600?”, disse. “Isso é uma falta de respeito com servidores, ele esquece que a gente tem família. Tem muitas famílias que pagam aluguel. Esse é o desespero. Tem muitas que têm filhos pequenos. Tu sabes quanto está o litro de leite?”
No próximo dia 11, os servidores receberão uma parcela de R$ 800. Quatro dias depois (15), mais R$ 1,4 mil, totalizando R$ 2,8 mil, o que representará o pagamento da totalidade dos salários de 67% do funcionalismo do Executivo. O saldo restante será pago no dia 22.
Valau afirmou que o novo parcelamento “atingiu a dignidade da nossa família” e criticou a atuação do governador diante da crise. “Parece que ele tá no mundo da lua. Agora na Expointer ele estava até dançando. Isso é um deboche. A situação é para ficar alegre?”, questionou Valau.
Assim como fizeram em outras paralisações, as esposas dos brigadianos devem se mobilizar em frente aos quarteis para impedir a saída de policiais militares que tentarem “furar” o aquartelamento previsto pelas entidades que representam os servidores da corporação.

