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31 de julho de 2015
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12:43

Advogada de acusados da Lava Jato abandona advocacia: “Integrantes da CPI me intimidaram”

Por
Luís Gomes
luisgomes@sul21.com.br
Advogada de acusados da Lava Jato abandona advocacia: “Integrantes da CPI me intimidaram”
Advogada de acusados da Lava Jato abandona advocacia: “Integrantes da CPI me intimidaram”

Do Brasil 247

A advogada Beatriz Catta Preta afirmou que decidiu deixar os casos dos clientes que defendia na Operação Lava Jato porque se sentia ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras. Em entrevista ao Jornal Nacional, ela disse que, devido às supostas ameaças, fechou o escritório e decidiu abandonar a carreira.

Em outras coisas, ela explicou porque um de seus clientes, Júlio Camargo, ex-consultor da Toyo Setal, recentemente mudou o seu depoimento e afirmou, em delação premiada, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu propina de US$ 5 milhões.

A advogada conduziu o acordo de delação premiada de nove dos 17 investigados na Operação Lava Jato que decidiram colaborar com a Justiça em troca de penas mais leves.

Há algumas semanas, a CPI da Petrobras decidiu convocá-la para prestar esclarecimentos sobre a origem dos honorários pagos a ela pelos clientes investigados no escândalo da Petrobras. A OAB protestou dizendo que a iniciativa ameaça o direito de defesa no país. Nesta quinta, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, liberou a advogada de ter que prestar esclarecimentos à comissão.

O requerimento de convocação de Catta Preta foi apresentado pelo deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), acusado por outro réu, o doleiro Alberto Youssef, de agir na CPI como “pau-mandado” de Cunha.

Abaixo os principais trechos:

“Depois de tudo que está acontecendo e por zelar pela segurança dos meus filhos, decidir abandonar a carreira. Não recebi ameaças de morte, não foram diretas, mas elas vêm veladas, cifradas”.

“Aumentou essa pressão, essa tentativa de intimidação a mim e a minha família após Júlio Camargo mudar a delação e acusar Eduardo Cunha”.

“Júlio não fez antes (a denúncia contra Cunha) porque tinha medo, receio e medo de chegar ao presidente da Câmara”.

“Júlio apresentou provas sobre propinas a Eduardo Cunha”


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