

Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, voltou a negar irregularidades no financiamento da entidade e afirmou que uma palestra do ex-presidente custa R$ 300 mil em cachê, o que “não é para qualquer empresa”, em entrevista publicada na Folha de S.Paulo neste domingo (14/06).
“Ninguém é criança, irresponsável, para fazer coisa errada. Ninguém tem mais o direito de fazer coisa errada. Eu pelo menos já não me sinto no direito de errar. Para uma pessoa que chegou onde eu cheguei, não só eu, mas outros que chegaram onde nós chegamos, não temos mais o direito de fazer bobagem”, disse Okamoto em entrevista à Folha.
“Se você for analisar as contas do instituto, se analisar nossas palestras, não tem o mínimo de possibilidade de ter erro. Porque não temos esse direito mais. Temos experiência para isso. Não somos irresponsáveis”, complementou.
Okamotto afirmou que o cachê aproximado de uma palestra de Lula é de R$ 300 mil. “Realmente, não é para qualquer empresa pagar”, disse Okamotto. “O Lula, a ideia que a gente tem é que ele não é uma pessoa que vai ficar fazendo palestra. É um político, por isso que a palestra dele é elevada. Lula não tem como missão fazer palestra motivacional, de tudo quanto é tipo. As palestras dele eram para falar do Brasil, como ele vê a América Latina, a África. É uma palestra de uma pessoa de sucesso que tem visão do mundo e as pessoas querem saber como é que ele fez. Lula é muito agradável e quem vê a palestra dele gosta”.
Ele também defendeu a contratação do ex-presidente e disse que muitos, no Brasil, pensam pequeno. “Por que é legal uma empresa levar certos comentaristas, palestrantes? Porque agrega valor à imagem da empresa. É que no Brasil a gente pensa pequeno. Você levar o Pelé, o Neymar para fazer uma palestra, agrega valor.”