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18 de junho de 2010
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14:26

Frente em defesa do mínimo regional tem apoio de Paim

Por
Sul 21
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Criado em 2001, no governo Olívio Dutra, o Piso Mínimo Regional já esteve 28% acima do salário mínimo nacional, diferença que hoje inexiste. A proposta do governo do Estado, por meio do Projeto de Lei 129/2010, é de um reajuste de 6,9%. Já os trabalhadores querem um percentual de 14%. Como há resistência por parte dos empresários para chegar a um valor mais próximo do que a classe trabalhadora estima, o senador Paulo Paim (PT) esteve nesta quinta-feira, 17, para integrar as negociações dentro da Assembleia Legislativa.

O senador fez um apelo ao presidente do parlamento gaúcho, Giovani Cherini (PDT), para que seja acatada no Legislativo a emenda de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB). A emenda prevê índice de 9,68% e faria com que o piso regional não ficasse inferior ao salário mínimo nacional a partir de janeiro de 2011.

Cherini defendeu a posição intermediária, entre os 14% reivindicados pelos trabalhadores e o índice proposto pelo governo. “Acredito que este é o caminho mais acertado, um indicativo de que a política gaúcha vem demonstrando amadurecimento ao buscar, por meio do diálogo envolvendo todas as partes, alternativas que sejam viáveis”, afirmou.

Antes do encontro, Paim formalizou sua adesão à Frente Parlamentar em Defesa da Valorização do Piso Salarial Estadual. O objetivo da frente é se constituir em um instrumento de discussão e mediação para as reivindicações dos trabalhadores por reajuste nos valores das faixas, inclusão de categorias ainda não contempladas na lei, atualização das faixas de outras categorias e pela instalação do conselho tripartite (trabalhadores, empresários e governo) para a discussão permanente deste importante tema.

Paulo Paim defendeu que, frente os números positivos apresentados pela economia do país e do estado e frente às perspectivas de crescimento para um futuro próximo, a reposição de 9,68% é a mínima aceitável para o Rio Grande do Sul. “Além disso, esse é um dinheiro que volta para a economia. Quem ganha R$ 500,00 gasta tudo, reativando atividade dos empresários e do governo, que vai arrecadar impostos”, argumentou.

Estiveram presentes na audiência, na Sala da Presidência, os deputados estaduais Heitor Schuch (PSB) e Raul Carrion (PC do B). Participaram também representantes de centrais sindicais de trabalhadores, como a CUT/RS, CTB, Fecosul, Fetag/RS e Nova Central Sindical.

Com Agência Assembleia


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