
Do BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) vem já há um bom tempo desenvolvendo um trabalho de apoio, que pode ser chamado de “Negócios Sustentáveis”. Este trabalho de apoio, antes de qualquer outra função, segundo o Diretor de Planejamento, Carlos Henrique Horn, está vinculado a função de financiamento. “Nós participamos dos eventos, como é o caso da Fiema, sempre pensando que haverá uma demanda de crédito da parte de um fornecedor, de uma empresa, crédito para investimento produtivo e, no caso, crédito para investimento em sustentabilidade dos seus negócios. Essa é a razão primeira da participação do Banco na Fiema”, disse Horn.
Conforme ele, o Banco vem participando da Fiema há várias edições e mantém uma relação de longa data com a Fundação Proamb, responsável pela Feira. “O que ocorre nesta sexta edição é que nós tomamos a decisão de ampliar significativamente a nossa presença na Fiema. Isto porque o assunto sustentabilidade vem adquirindo crescente importância dentro do BRDE”, frisou.
O economista Eduardo Grijó, da área de Planejamento do Banco, é o coordenador do programa setorial de reciclagem e despoluição da Política Industrial do Estado. Um dos resultados deste envolvimento com a sustentabilidade é que o Banco lançou um programa próprio chamado “BRDE produção mais limpa” reunindo todas as linhas e programas de financiamento do Sistema BNDES que têm potencial de atendimento a investimentos em negócios sustentáveis. “São várias as razões que nos motivaram a ampliar nossa presença na Fiema e, curiosamente, neste dia (25) o Banco Central do Brasil está apresentando a sua norma de responsabilidade socioambiental para o sistema bancário. Os bancos também terão que seguir normas socioambientais daqui para frente, trazendo imposições que eu vejo muito mais como incentivos ao envolvimento dos bancos em promoverem crédito para o desenvolvimento sustentável do nosso país e, porque não dizer, como forma de contribuição para o planeta também”.
As empresas que ainda resistem à sustentabilidade, de acordo com Horn, poderão sofrer em curto espaço de tempo, problemas com seu negócio. Ele enfatiza que o aspecto ambiental do sistema econômico precisa ser um desenvolvimento ambientalmente sustentável e a palavra sustentabilidade quer reunir essa ideia, de forma resumida. “É evidente que qualquer investimento em termos de processos sustentáveis envolve inicialmente um custo, uma despesa. Não há nada que se faça que não tenha um custo inicial, mas olhar apenas para o custo é muito parcial, equivocado, e pode em muitos casos representar uma perda enorme de oportunidade de a empresa se reposicionar no seu mercado de atuação e ganhar capacidade competitiva num mundo que há de exigir cada vez mais que as empresas contribuam fortemente para a preservação do planeta. Então aquilo que é custo num primeiro momento vira um investimento, um benefício não apenas para a comunidade em que a empresa está inserida, a região, o país como um todo, mas para a trajetória sustentável da própria empresa. Não há ponto de retorno no que tange à imposição, à necessidade de todos pensarem em suas relações e seu futuro que não seja de uma maneira sustentável. Quem não pensar assim em poucos anos, tenderá a se tornar menos importante no nosso mundo”, enfatizou.
Finalizando, o diretor avaliou a sexta edição da Fiema. “A minha avaliação é bastante positiva por tudo que observei. Primeiramente por parte do estande do BRDE e do Espaço BRDE Soluções & Negócios. Esse foi um estande em que circularam muitas pessoas, muitas relações foram feitas, muita informação foi trocada. Eu posso atestar com toda segurança que a equipe técnica do BRDE que aqui esteve faz uma avaliação altamente positiva, de que foi uma feira que nós poderíamos definir numa palavra como vibrante e isto é possível confirmar também andando pelos estandes da Feira, indo ao estande da Fundação Proamb. A recepção, os vários eventos simultâneos, todos eles muito interessantes, com um público interessante e que comenta depois o que aconteceu e, para coroar, a visita do representante da IFAT alemã, que esteve conhecendo a Feira e em conversação com a Fundação Proamb. Sob todos os aspectos, esta é uma Feira altamente positiva”, concluiu.