Ana Ávila
Os candidatos Dilma Rousseff e Tarso Genro votaram na Escola Santos Dumont, na zona sul de Porto Alegre, na manhã deste domingo (26). Por volta das 8h30, militantes com bandeiras e adesivos do partido cercavam a escola à espera dos candidatos, que chegaram pouco depois. Ao fim da votação, a presidenciável deixou rapidamente a escola. Já Tarso falou por alguns instantes com os jornalistas que aguardavam em um dos portões sobre a tradição do Estado de decidir o resultado no último dia: “A gente não pode nem se basear que já perdeu, nem se basear que já ganhou”.
Quando Dilma ia embora, o humorista Eros Prado, do programa Pânico, da Bandeirantes, tentou mostrar as revistas Veja e IstoÉ, que trazem na capa da última edição acusações contra a presidente. Prado não conseguiu chamar a atenção de Dilma e acabou hostilizado por militantes: “Ele quer fama”, gritou um deles. A eleitora Jussara Ferrão Nunes foi outra que criticou o humorista: “É uma falta de respeito”, opinou.
Na seção eleitoral, Dilma cumprimentou os mesários e tomou um chimarrão, enquanto eles conferiam seus dados. Ao fim do voto, que durou poucos segundos, posou para fotos ao lado do candidato ao governo do Estado.
Alguns simpatizantes foram à entrada do local de votação apenas para tentar ver a presidente, mesmo que de longe. Iracema e Daniela Carvalho, mãe e filha, já estavam na frente da escola por volta das 8h. Quando o carro de Dilma se afastou, elas só tiverem tempo de um aceno. A petista retornou a Brasília, de onde acompanhará a apuração.
Tarso visita emissoras de rádio e TV entre a manhã e o início da tarde e depois se recolhe até o anúncio do resultado. No início da noite, ele concede entrevista coletiva no comitê da Unidade Popular pelo Rio Grande, na avenida Venâncio Aires, e fala para militantes no Largo Zumbi dos Palmares.
Ex-candidato ao Senado, Olívio Dutra também esteve na escola, acompanhando o voto dos colegas de partido. Ele respondeu perguntas, posou para fotos e atendeu a imprensa. O humorista do Pânico aproveitou para questionar qual revista ele assinaria, voltando a exibir os exemplares das publicações semanais. Olívio garantiu que não assina nenhuma das duas, no máximo lê na espera de um consultório medico ou enquanto aguarda uma reunião. “Eu sou um dos maiores defensores da liberdade de imprensa, mas não confundo imprensa com mercadoria”, disse.
