
Da Redação
O primeiro dia de Carnaval de rua em Porto Alegre foi encerrado como emprego de bombas de gás lacrimogêneo e disparos de balas de borracha pela Brigada Militar por volta das 23h30 deste sábado (22). De acordo com a corporação, a medida foi uma resposta a reclamações de moradores e parte de um acordo firmado com a Prefeitura de que os blocos deveriam ser encerrados às 21h. No entanto, internautas que estiveram presentes na Cidade Baixa no sábado relataram que a conduta dos foliões era pacífica e criticaram a medida, sob o argumento de que não haveria necessidade para a reação apresentada pela tropa de choque da Brigada Militar.
Pelo Twitter, a pré-candidata à Prefeitura pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, se somou às críticas à repressão. “As festas e manifestações populares, como o carnaval, são expressão de nossa cultura. Movimentam a economia e garantem diversão e felicidade. São Paulo, por exemplo, construiu na última década políticas que transformaram seu carnaval de rua em um dos maiores do Brasil”, escreveu. “Porto Alegre vai na contramão: as bombas e gás lacrimogêneo passam a ser o procedimento padrão para mediar virtuais conflitos. Porto Alegre precisa de mais diálogo e menos violência para voltar a ser de seu povo”, continuou.
2) Porto Alegre vai na contramão: as bombas e gás lacrimogêneo passam a ser o procedimento padrão para mediar virtuais conflitos. Porto Alegre precisa de mais diálogo e menos violência para voltar a ser de seu povo.
— Manuela (@ManuelaDavila) February 23, 2020
A Prefeitura de Porto Alegre informou que, de acordo com dados da produtora que organiza o Carnaval de rua da cidade, mais de 50 mil pessoas acompanharam os blocos que desfilaram no sábado.