Tarso reúne apoiadores do setor da saúde em ato-almoço

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Tarso reúne apoiadores do setor da saúde em ato-almoço
Tarso reúne apoiadores do setor da saúde em ato-almoço
Tarso afirmou que Sartori está ao lado dos que querem o Estado mínimo l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Tarso afirmou que Sartori está ao lado dos que querem o Estado mínimo l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Caio Venâncio

Nesta quinta-feira (9), o governador e candidato à reeleição Tarso Genro (PT) reuniu secretários municipais de saúde, representantes do governo, sindicalistas e trabalhadores do setor em almoço de campanha na churrascaria Galpão Crioulo, em Porto Alegre. No ato, as pessoas presentes defenderam a continuidade do projeto petista em função do investimento inédito de 12% do orçamento do estado na saúde, valorização dos servidores da área, qualificação da rede hospitalar, postura republicana no trato com diferentes prefeitos gaúchos e o fato de o Rio Grande do Sul ser a unidade da federação que mais investe em atenção básica.

Secretária estadual de saúde, Sandra Fagundes (PT), antes de defender a manutenção do atual governo, enumerou alguns dos municípios gaúchos que estavam ali representados por meio de seus secretários de saúde: Canoas, Rosário do Sul, Bagé, Jóia, Candelária, Salto do Jacuí, entre outros. Entre os gestores públicos que compareceram, nem todos necessariamente pertenciam a partidos políticos da base aliada do governo. Prefeito de São Lourenço do Sul, Fernando Pahim, por exemplo, apoia Tarso no segundo turno, apesar de ser filiado ao Partido Progressista, que optou por José Ivo Sartori (PMDB). Na análise de Sandra, fatos deste tipo reforçam um dos motivos pelos quais valeria a pena a reeleição. “Por que estamos com Tarso? Pelos 12% investidos na saúde, pela postura republicana, que não faz distinções entre os prefeitos”, discursou.

Nas falas de alguns secretários, prevaleceram as críticas ao PMDB, que comandou a Secretaria de Saúde nos governos Germano Rigotto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB), quando os prefeitos teriam enfrentado dificuldades em obter recursos para a saúde e os hospitais filantrópicos estariam “à míngua”.

Sindicalista saúda novos índices de reajuste salarial para servidores da saúde

Kempfer defendeu valorização dos trabalhadores da saúde ocorrida na gestão petista l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Kempfer defendeu valorização dos trabalhadores da saúde ocorrida na gestão petista l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (FEESSERS), que representa em torno de cem mil trabalhadores, Milton Kempfer defendeu a permanência de Tarso no Piratini com base nos avanços obtidos pelos funcionários do setor. “Os recursos investidos em saúde aumentaram. Hoje o salário dos servidores não atrasa mais, os índices de reajuste salarial foram corrigidos, o que nos beneficiou bastante, e uma quinta faixa salarial foi criada para os técnicos de enfermagem, permitindo aumentos salariais de quase 50%”, enumerou.

Candidata a vice-governadora, Abgail Pereira (PCdoB) ressaltou que mais de mil novos leitos foram criados para atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Agora, na disputa eleitoral, dois caminhos distintos estariam submetidos à escolha dos gaúchos. “Precisamos quebrar o tabu de que o Rio Grande do Sul não reelege os governadores. Reeleição é avanço, é olhar para frente”, definiu.

Tarso Genro pretende dedicar vitórias a Olívio

Na fala mais aguardada do evento, Tarso Genro saudou a decisão do PDT de se declarar neutro no segundo turno da eleição estadual. Para ele, alianças são necessárias na construção da viabilidade de um projeto que beneficia os trabalhadores, os setores populares da população, “aqueles que mais precisam das políticas públicas”. Criticado pelos adversários por gastar excessivamente e comprometer o orçamento do estado, o petista rebateu. “Olha, gasto em educação e saúde pra mim é investimento”, afirmou.

Abgail frisou o aumento nos investimentos na saúde de 7,6% para 12% do orçamento estadual l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Abgail frisou o aumento nos investimentos na saúde de 7,6% para 12% do orçamento estadual l Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

“Seria um imbecil se não estivesse com Dilma e Tarso”, resume secretário de saúde

Secretária de saúde de Esteio, Ana Paula Macedo (PT) enumera as mudanças obtidas na saúde do município com o governo Tarso: equipamentos de ponta foram adquiridos; o Hospital São Camilo passou a atender exclusivamente pelo SUS; o número de equipes de saúde da família saltou de 3 para 13, com auxílio do programa Mais Médicos; aquisição de 12 novos veículos para a secretaria e a construção de centros de atendimento psicossocial. Tendo convivido com o governo Yeda, quando ocupava o mesmo cargo na prefeitura de Dois Irmãos, Ana Paula mostra os contrastes. “Antes mendigávamos dinheiro. Agora, com os 12% para a saúde, se não houver gestão e elaboração de projetos, chegamos a devolver recursos”, relata.

Secretário de Saúde de Salto do Jacuí, Eloy Hirsch (PTB) é mais um defensor das gestões de Tarso e Dilma. Para ele, foram os únicos governos que levaram saúde à base, colocaram recursos na área. O programa Mais Médicos também é elogiado, pois foi o responsável pelo aumento das equipes de saúde da família de uma para quatro. Apesar de nacionalmente seu partido apoiar Aécio Neves (PSDB), Hirsch não vê motivos para seguir a diretriz, linha adotada pelo PTB no município. “Não tem por que mudar, não podemos trocar o certo pelo duvidoso. Como dizemos lá no interior, agora é o momento de ganhar e arreganhar. Eu seria um grande imbecil se não estivesse com Dilma e Tarso”, sintetizou.


Leia também