Ana Amélia Lemos defende corte no número de cargos de confiança e secretarias

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Ana Amélia Lemos em entrevista ao RBS Notícias | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Ana Amélia Lemos em entrevista ao RBS Notícias | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Ana Ávila

A candidata ao governo do Estado pela coligação Esperança que Une o Rio Grande (PP, PSDB, PRB e Solidariedade), Ana Amélia Lemos, defendeu nesta quarta-feira (20) corte nos cargos de confiança e no número de secretarias para reduzir os gastos do Estado. No entanto, não soube especificar quais secretarias eliminaria em seu governo. Em entrevista ao RBS Notícias, ela também afirmou que os pedágios são necessários para manter as estradas, mas criticou a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que atualmente administra o setor.

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Cargos de Confiança

Questionada sobre como colocar em prática a promessa de melhorar os serviços prestados no Estado e cortar gastos, Ana Amélia defendeu a redução no número de cargos de confiança. “Pensa que existem 6 mil CCs e, só para consulta popular, foram contratados mais 48, e não é apenas o CC em si, o salário que recebem esses contratados”. Segundo a candidata, é preciso levar em conta também outros gastos desses funcionários: ”diária, automóvel, secretária, luz, telefone. O conjunto do gasto que está implícito isso, com 6 mil cargos de confiança, nós podemos reduzir bastante”.

Ao ouvir que o governo precisaria reduzir pelo menos 10% dos CCs para um retorno significativo, Ana Amélia disse que diminuiria também o número de secretarias. Questionada sobre quais seriam essas secretarias, a candidata não soube responder. “Bom, nós estamos no começo de campanha eleitoral e se, agora, eu apresentar tudo que vai ser feito, aí nós não vamos ter novidade para o eleitor”, disse ela.

Candidata apresenta suas propostas na TV |  Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Candidata apresenta suas propostas na TV | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Estradas

Perguntada se a concessão para a iniciativa privada seria a solução para melhorar as estradas gaúchas, Ana Amélia disse que é necessário transferir a gestão para o Daer ou mudar a natureza jurídica da empresa que administra atualmente, a EGR. “Quem está cobrando pedágio são empresas privadas contratadas pela EGR. É uma empresa pública, mas que é privada porque tem lucratividade e paga imposto”.

De acordo com a candidata, a EGR não funciona como deveria. “Criaram uma empresa, que, dizem que é pública, mas não é pública, porque ela é uma S/A. E ela mandou para Brasília, com impostos obtidos através da receita que teve, R$ 23 milhões. O governo tirou da EGR R$ 41 milhões e botou no caixa único. Somando, dá R$ 64 milhões, dinheiro que poderia estar tapando buraco, porque as estradas estão péssimas e ainda cobrando pedágio. Não tem nem guincho, nem ambulância, nem recuperação da estrada”, afirmou.

Para a candidata, a única forma possível de manter as estradas atualmente é por meio da cobrança de pedágios. “A forma que você tem de manter estradas é esta forma de pedágios”. No entanto, defendeu que os valores sejam estipulados dentro do que a população possa pagar. O que não é certo, segundo a candidata, é a EGR cobrar pedágio e não oferecer os serviços necessários.

Ana Amélia foi a terceira candidata entrevistada no programa | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Ana Amélia foi a terceira candidata entrevistada no programa | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Dívida

Questionada se a renegociação da dívida do Estado com a União vai ser uma solução para as finanças do Estado, Ana Amélia defendeu um “acerto de contas”.  “Eu estou trabalhando intensamente numa proposta porque nós temos o crédito com o Governo Federal da isenção da Lei Kandir, que nunca foi cobrado pelo atual governo”, disse ela.

Reforma da Previdência

Sobre se seria possível fazer a reforma da previdência, que no ano passado gerou um rombo nos cofres do Estado de R$ 6,5 bilhões, Ana Amélia afirmou que é preciso “tratar isso para que aqueles que estão entrando agora no serviço público tenham a garantia de que irão receber, não sofreriam um calote do governo”, mas não chegou a deixar clara sua opinião a respeito do tema.


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