Não há registro de morte de criança ou adolescente entre 5 e 18 anos em decorrência de efeito adverso da vacina contra a covid-19 no Brasil, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta semana. “Até o momento, não há registro de EAPV com desfecho óbito na faixa etária de cinco a menores de 18 anos com relação causal com as vacinas utilizadas confirmada”, diz o documento.
Ainda de acordo com o boletim, foram notificados até a semana analisada (10 a 16/04) 3.463 eventos adversos pós-vacinação nessa faixa etária. Destes, 3.044 (87,9%) foram considerados evento adverso não grave e 419 (12,1%) foram avaliados como evento adverso grave. Dos graves, 38 (1,1%) resultaram em óbitos.
A investigação destas mortes concluiu não haver relação de causalidade com a aplicação da vacina. 23 foram considerados coincidentes ou inconsistentes; 13, como inclassificáveis pela ausência de dados na investigação e dois apresentam dados da investigação conflitantes para estabelecer relação causal.
O boletim destaca que “todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras, possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz”.
Além disso, ressalta que o risco de um evento adverso grave em decorrência da vacinação é imensamente menor do que na contaminação pelo vírus: “um risco 354 vezes maior de ter sido internado por Srag e 76,0 vezes maior de ter morrido pela covid-19 até o presente momento do que o risco de ocorrência de um EAG grave”. Sendo que as estimativas são conservadoras, tendo em vista que parte expressiva dos eventos notificados não possuem qualquer relação causal com a vacinação.
A vacinação a partir dos 12 anos teve início no Brasil após autorização da Anvisa, em junho de 2021. As crianças entre 5 e 11 anos começaram a ser imunizadas em janeiro, após liberação em dezembro de 2021.
