Coronavírus
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4 de janeiro de 2022
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18:08

Governo coloca todas regiões do RS sob aviso diante do avanço da ômicron

Por
Sul 21
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Eduardo Leite conduziu a reunião do Gabinete de Crise e alertou que o momento requer muita atenção | Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini
Eduardo Leite conduziu a reunião do Gabinete de Crise e alertou que o momento requer muita atenção | Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

O Gabinete de Crise e o Grupo de Trabalho (GT) Saúde emitiu nesta terça-feira (4) Avisos para todas as 21 regiões Covid do Rio Grande do Sul em razão da recente alta de casos de covid-19 registrados. Os Avisos são o primeiro nível de atenção do modelo 3As, implementando em maio passado para o monitoramento da covid-19. A última vez que todas as regiões do RS estiveram sob Aviso foi em julho.

Dados recentes da Secretaria da Saúde (SES) apontam para um aumento de casos confirmados nos últimos dias, tendo saltado de uma média diária de 5,7 a cada 1 milhão de habitantes em 26 de dezembro de 2021 para 75,9 em 3 de janeiro de 2022. Segundo o Gabinete de crise, esse aumento pode ser explicado em parte devido a atrasos de registro no sistema gerados pelos feriados de Natal e Ano-Novo, mas também é consequência também do aumento da transmissão.

O órgão também decidiu emitir os Avisos em razão da disparada de casos confirmados em diversos países em que há dominância da variante ômicron, alguns deles apresentando os maiores números de registros desde o início da pandemia. Levantamento da Universidade de Oxford divulgado na manhã desta terça-feira apontou que o mundo registrou recorde de 2,4 milhões de casos de covid-19 em 24 horas. Somente os Estados Unidos registraram mais de 1 milhão de casos no período, um recorde. A variante ômicron já representa metade dos novos casos de covid-19 na cidade de São Paulo, segundo informou a prefeitura local.

O Gabinete de Crise alerta ainda que o mês de janeiro é marcado por uma maior circulação de pessoas entre as regiões do Estado e para fora do País em razão do período de veraneio e de férias, sendo necessário redobrar os cuidados de prevenção da Covid-19, distanciamento social e cumprimento dos protocolos.

“Vivemos um momento que requer muita atenção. A variante delta, que pressionou bastante o sistema de saúde no continente europeu, não nos causou tantos problemas. No entanto, a variante ômicron tem se mostrado bastante transmissível, sendo um potencial perigo ao Rio Grande do Sul. Os primeiros estudos indicam que a ômicron pode ser menos letal e causar menos casos de síndrome respiratória aguda grave, mas tem se visto, no mundo, pacientes apresentando febre alta e demandando cuidados de saúde. Isso, por consequência, em âmbito regional, pode aumentar o fluxo de pacientes que precisam de cuidados na rede de atenção primária, como as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Pronto Atendimento de algumas regiões do Estado, bem como em leitos clínicos e de UTI”, afirmou o governador Eduardo Leite nesta terça.

A SES informou ainda que não há disponibilidade de vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para crianças entre cinco e 11 anos, mas que já começou o trabalho de capacitação em boas práticas dos vacinadores e montou um grupo de trabalho que será responsável por organizar a operação em relação à estrutura, horário de atendimento, monitoramento de eventos adversos e esclarecimento de dúvidas da população.

“Assim que houver uma sinalização de que a vacina será incorporada ao Plano Nacional de Imunização e de que as vacinas chegarão ao Estado, iniciaremos o processo de vacinação de forma segura”, disse Leite.

No final de dezembro, a SES determinou que a vacinação contra a Covid-19 será operacionalizada para todas as crianças de cinco a 11 anos que se apresentarem, acompanhadas pelos pais ou responsáveis, em todos os pontos de vacinação organizados no Sistema Único de Saúde (SUS), sem exigência de prescrição médica. A decisão foi pactuada pelos integrantes da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e segue a aprovação da Anvisa para o uso da vacina Comirnaty (Pfizer/Wyeth) para imunização dessa faixa etária.


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