
O Rio Grande do Sul registrou em agosto 697 óbitos relacionados à covid-19, o menor número desde junho do ano passado, quando houve 440 mortes. Na comparação com julho, quando ocorreram 1.677, foram quase mil mortes a menos no Estado, um recuo de 59%. O índice, no entanto, ainda pode sofrer alterações em razão de atualizações no sistema estadual.
O número de óbitos em agosto também é o quinto menor desde o início da pandemia, em março de 2020. Apenas nos quatro primeiros meses ficou abaixo do patamar atual. Também o número de casos registrados no mês (26.490) é o menor desde junho do ano passado (22.330).
A redução nos casos e óbitos acontece no momento em que o Estado se aproxima de 90% da população adulta vacinada com a primeira dose contra o coronavírus. De acordo com o painel de monitoramento do governo estadual, 89% da população vacinável (pessoas acima de 18 anos) já receberam ao menos uma dose. Estima-se que faltam 943.974 pessoas adultas para receber a primeira dose ou dose única. Dos 497 municípios, 209 já notificaram a Secretaria de Saúde que não precisam mais de doses para a primeira aplicação para a população maior de 18 anos.
A partir do próximo dia 15, deve começar a aplicação da dose de reforço na população acima de 70 anos e em pessoas com alto grau de imunossupressão. Em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) realizada nesta quarta, ficou definido que a etapa seguinte deve ser a abertura da vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades.
“Sempre é triste haver mortes registrados em razão da Covid”, ponderou o diretor do Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS), Bruno Naundorf. “Mas a forte redução verificada a cada mês desde o pico de março nos números de óbitos comprova a eficiência que o Rio Grande do Sul, com apoio de todos os municípios e dos profissionais de saúde, teve na estratégia de vacinação, principalmente das pessoas mais vulneráveis à doença, permitindo que tenhamos este novo momento.”
Apesar dos indicadores positivos no último mês, a Secretaria da Saúde reforça a necessidade de que a população busque a segunda dose da vacina, que oferece uma imunidade mais ampla, especialmente diante do avanço de novas variantes, como a Delta.