Eleições 2024
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27 de outubro de 2024
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18:07

Tarcísio tenta ligar PCC a Boulos; candidato do PSOL recorre ao TRE e acusa crime eleitoral

Por
Yasmmin Ferreira
yasmmin@sul21.com.br
Tarcísio manifesta apoio a Nunes na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão
Tarcísio manifesta apoio a Nunes na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão

Neste domingo (27) de segundo turno, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do Estado de São Paulo, afirmou que o serviço de inteligência do governo interceptou mensagens do Primeiro Comando da Capital (PCC) que incentivavam votos no candidato Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura. Segundo o governador, as mensagens teriam circulado em São Paulo e em cidades como Santos e Sumaré, mas não foram apresentadas provas ou detalhes que comprovassem a denúncia. Em contrapartida, o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, contradisse Tarcísio ao afirmar que a inteligência nacional “não detectou qualquer recomendação de facções para este ou aquele candidato”.

Em resposta às alegações, Guilherme Boulos acusou Tarcísio de “crime eleitoral” e classificou suas declarações como “mentirosas e irresponsáveis”, afirmando que se tratava de uma tentativa de influenciar o eleitorado no último momento da eleição. “É o desespero dos nossos adversários”, declarou Boulos, que também informou ter acionado o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) com uma ação de investigação eleitoral contra Tarcísio e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que estava ao lado do governador quando as acusações foram proferidas.

O TRE-SP, em nota, declarou que “não chegou ao conhecimento do Tribunal nenhum relatório de inteligência nem informação oficial sobre esse caso específico” e que soube das declarações pela imprensa. 

Além disso, a bancada de deputados do PT, PCdoB e PV emitiu uma nota de repúdio, acusando o governador de “irresponsabilidade sem precedentes” e de tentar “macular a imagem” da candidatura de Boulos com informações infundadas. Os parlamentares destacaram ainda que o uso da máquina pública para propagar alegações sem provas representa um “ataque à democracia”.


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