
O Sul21 publica nesta quinta-feira (3) entrevistas realizadas com os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre Maria do Rosário (PT) e Felipe Camozzato (Novo). O prefeito e candidato à reeleição, Sebastião Melo (MDB), não aceitou o convite para a entrevista, assim como a candidata Juliana Brizola (PDT). Os outros candidatos não foram convidados devido ao fato dos partidos não terem representação mínima no Congresso Nacional, conforme determina a legislação eleitoral.
Maria do Rosário recebeu a reportagem do Sul21 em sua casa, no bairro Chácara das Pedras. Por cerca de 40 minutos, respondeu questões relacionadas a histórica enchente que atingiu a Capital em maio deste ano, o sistema de proteção contra cheias da cidade e sobre como combinar a preservação do ambiente natural de Porto Alegre, com seus morros, cursos d’água e matas, com o ambiente urbano construído.
A entrevista abordou também a falta de vagas em creches do município, problema recorrente e que atrapalha a vida de milhares de famílias, principalmente as de renda mais baixa, prejudicadas pela dificuldade de deixar seus filhos em segurança enquanto trabalham.
A situação da assistência social na Capital, particularmente o trabalho da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), igualmente foi tratado na entrevista. Dias antes da enchente, a cidade acordou com a bárbara notícia de 11 pessoas mortas na Pousada Garoa, que tem contrato com a Prefeitura para abrigar pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A mobilidade urbana e a crise do sistema do transporte público foi também tema da conversa. Apesar da tarifa congelada em R$ 4,80, o sistema tem dificuldade em atrair novos passageiros, que por sua vez sofrem com a falta de linhas, muito tempo de espera e veículos velhos.
Maria do Rosário falou ainda sobre a revisão do Plano Diretor de Porto Alegre e os rumos do planejamento urbano da cidade, assim como o destino do Trecho 2 da Orla do Guaíba e a gestão dos parques da cidade, que têm sido objeto do governo Melo de repasse à iniciativa privada. Por fim, a entrevista trata do problema do lixo, um tema em que a Capital já foi referência nos anos de 1990 e que hoje sofre com ruas sujas e empresas terceirizadas que frequentemente não conseguem executar o serviço de limpeza com eficiência.
Confira a íntegra da entrevista: