Com um enorme chinelo azul nas mãos e aos gritos de “é Melo, de novo, o chinelão do povo”, Sebastião Melo (MDB) celebrou a passagem ao segundo turno das eleições para a Prefeitura de Porto Alegre no início da noite deste domingo (6), ao obter 49,72% dos votos válidos contra 26,28% de Maria do Rosário (PT). Para ele, o primeiro lugar já foi uma “extraordinária vitória”.
Em coletiva de imprensa após o resultado, Melo disse que sempre teve a clareza de que a eleição em Porto Alegre é um Gre-Nal e que sempre acreditou que seria decidida no segundo turno. Para ele, o segundo turno é “uma eleição dentro da eleição e não uma outra eleição”, como se costuma afirmar.
Melo lembrou que assumiu a Prefeitura da Capital na pandemia e, nas palavras dele, “conseguiu reerguer cidade”. Defendeu ainda que tentaram crucificá-lo após a enchente de maio, mas que o povo respondeu nas urnas e entendeu que ele cuidou e fez o melhor pela cidade.
Destacando que ele e Maria do Rosário representam dois projetos bem diferentes, afirmou que ambos serão julgados pelos eleitores neste segundo turno. “O resultado da eleição foi ter falado a verdade para a população”, disse ao reafirmar que não vai recriar o DEP e que houve um recuo na privatização do Dmae porque os estudos não estavam completos, mas que vai mandar à Câmara um projeto para parceirizar o departamento, se reeleito. Também deve enviar ao legislativo o projeto do novo Plano Diretor.
Sobre as alianças para o segundo turno, o atual prefeito afirmou que o primeiro partido que deve procurar é o Novo, de Felipe Camozzato, mas teceu elogios ao governador Eduardo Leite (PSDB) que, nas palavras dele, tinha o direito de apoiar Juliana Brizola (PDT). Sobre buscar o apoio dos trabalhistas, ele também indicou que o fará. “Tenho relação histórica com eles”, disse, se referindo ao PDT.
Questionado sobre Jair Bolsonaro, Melo disse que tem boa relação e comunga de alguns dos valores do ex-presidente. “Se o Bolsonaro puder estar conosco, é muito bem vindo”, afirmou sobre o segundo turno, embora tenha destacado que sua estratégia foi municipalizar e não federalizar a eleição.
