
Clamando por intervenção militar, bolsonaristas se concentraram em frente ao Comando Militar do Sul, no centro de Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (1º). O número de manifestantes foi crescendo ao mesmo tempo em que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reunia a imprensa em Brasília para fazer o primeiro pronunciamento após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição.
Na capital gaúcha, seus apoiadores disseram que a manifestação ia além da derrota de Bolsonaro e que o objetivo do ato era a defesa da “liberdade” – uma definição abstrata já característica do bolsonarismo.
De acordo com os seguidores do presidente, o “movimento” começou com Bolsonaro, mas não termina com ele. “O problema é dele lá, se ele perdeu ou não perdeu, ele que resolva o problema dele. Nós estamos na rua pela nossa liberdade e estamos aqui pedindo a intervenção federal já”, afirmou uma manifestante com o microfone em punho.
“Nós estamos na rua aqui pedindo o quê?”, ela perguntou ao público.
Após o sino da igreja Nossa Senhora das Dores tocar, os bolsonaristas interromperam as falas e pediram que todos começassem a rezar.
📷: @joanaberwanger /Sul21 pic.twitter.com/IvT91CnMrv
— Sul21 (@sulvinteum) November 1, 2022
“Intervenção federal já!”, respondiam os manifestantes em coro. “Intervenção federal já!”
O ato teve hostilidade com a imprensa e uma reza tão logo soaram as badaladas do sino da Igreja das Dores. O “ponto alto”, entretanto, foi uma fervorosa comemoração dos manifestantes com a “informação” falsa de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia sido preso. O vídeo da celebração circula nas redes sociais.
Outro ato, no mesmo local, está previsto para ocorrer a partir das 9h desta quarta-feira (2).





