Política
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11 de maio de 2023
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15:16

Deputado paranaense Renato Freitas acusa PF de racismo após inspeção em voo

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21

Nesta quarta-feira (10), o deputado estadual paranaense Renato Freitas (PT) publicou um vídeo que mostra o momento em que foi abordado por agentes da Polícia Federal (PF), que o retiraram de um avião para uma inspeção em sua bagagem de bordo. O caso aconteceu no último dia 3 em um voo de Foz do Iguaçu (PR) para Londrina (PR) e o parlamentar afirma ter sido vítima de racismo na abordagem. No vídeo, um dos agentes afirma que Freitas foi selecionado de maneira aleatória para a revista.

“Quando o sistema pede para fazer, tem que ser feito na mochila da pessoa e na pessoa. Isso é feito o dia inteiro aqui”, afirma um dos policiais. Ao final da inspeção, já retornando à aeronave, o deputado se refere aos agentes como “bando de racistas ignorantes” e se diz humilhado por ter sido o único passageiro retirado do voo para a revista.

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Em nota, a PF informou que a corporação foi acionada para auxiliar um agente de proteção da aviação civil na inspeção de um passageiro que teria se recusado a se submeter a medidas adicionais de segurança no aeroporto.

“Este teria se recusado a passar pelo procedimento no local indicado e se dirigido diretamente até a aeronave. Dessa forma, a equipe de inspeção do aeroporto acionou a PF para que a acompanhasse até o avião e procedesse à inspeção devida”, diz a nota. “A Polícia Federal esclarece que todos os procedimentos foram realizados em conformidade com a resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ressalta ainda que eventuais abusos ou falhas na condução do procedimento serão apurados”, conclui.

Nas redes sociais, o deputado afirmou que foi selecionado de forma aleatória para a revista após o detector de metais e atendeu ao pedido de uma funcionária “sem nenhuma resistência”. Com o embarque sendo encerrado, informou à funcionária que já retornaria, para que não perdesse o voo e a funcionária disse que não poderia aguardar.

Alega ainda que não houve interesse dos outros funcionários em realizar a revista e “minutos depois foi surpreendido pela Polícia Federal, acompanhada justamente de um dos funcionários que já haviam se negado em fazer a revista no scanner de bagagem”, diz o pronunciamento do parlamentar.

A Resolução n° 515 de 8 de maio de 2019 dispõe sobre procedimentos de inspeção da aviação civil contra atos de interferência ilícita em aeroportos. O texto prevê que, “aleatoriamente e sempre que julgado necessário, os passageiros devem passar por medidas adicionais de segurança, que podem incluir busca pessoal, inspeção manual da bagagem de mão e a utilização de detectores de traços de explosivos e outros equipamentos de segurança”.

Com informações da Agência Brasil. 


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