Meio Ambiente
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17 de setembro de 2024
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15:42

Prefeitura lança edital para contratar monitoramento da qualidade do ar da Capital

Por
Sul 21
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Fumaça da Amazônia sobre Porto Alegre na quinta-feira (16). Foto: Rosinara Ferreira/MetSul
Fumaça da Amazônia sobre Porto Alegre na quinta-feira (16). Foto: Rosinara Ferreira/MetSul

A prefeitura de Porto Alegre publicou no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) desta terça-feira (17) edital para a contratação da empresa que prestará serviços de monitoramento da qualidade do ar da cidade. Serão seis estações, uma móvel de referência e cinco compactas para medição de poluentes e parâmetros meteorológicos. Eles serão instalados nos bairros com maior risco de sofrerem ondas de calor, locais com grande fluxo de veículos, áreas com adensamento expressivo e entradas e saídas da cidade.

Atualmente, Porto Alegre não tem qualquer monitoramento da qualidade do ar. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), órgão responsável pelo monitoramento da qualidade do ar no RS, tem apenas cinco estações de monitoramento em todo o estado, em  Canoas, Esteio, Gravataí, Guaíba e Triunfo. Porém, apenas a estação do polo petroquímico de Triunfo, sob responsabilidade da Braskem, efetua a medição do material particulado fino MP2,5. O monitoramento do MP2,5 é recomendado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) desde 2018.

A fumaça proveniente das queimadas que assolam o Brasil nas últimas semanas se fez visível na capital gaúcha, comprometendo a qualidade do ar e levando a recomendações como evitar atividades ao ar livre, inclusive nas escolas da rede pública de Porto Alegre.

Por meio de pregão eletrônico do tipo menor preço a ser realizado no dia 3 de outubro, pelo link, o contrato tem valor estimado em R$ 4 milhões. Pelo edital, também estão previstos a instalação e serviços de operação e manutenção das estações, fornecimento de relatórios mensais e anuais de monitoramento e a disponibilização de plataforma pública on-line para compartilhamentos dos dados levantados e fiscalizados pelos técnicos da prefeitura.

Além dos gases, os equipamentos também irão monitorar temperatura, pressão atmosférica, precipitação pluviométrica, umidade relativa, velocidade e direção do vento e radiação total.

– Dióxido de Carbono (CO2): composto químico com papel significativo no efeito estufa e nos desequilíbrios climáticos do planeta. Processos de combustão, queima de combustíveis fósseis, desmatamento e atividades industriais estão entre as principais fontes de emissão de CO2.

– Dióxido de Enxofre (SO2): poluente atmosférico que pode ter efeitos adversos na saúde humana e no meio ambiente, como a chuva ácida.

– Dióxido de Nitrogênio (NO2): gás altamente tóxico e um dos principais poluentes atmosféricos. Ao ser oxidado na atmosfera, o NO2 produz o ácido nítrico (HNO3), um dos componentes que aumenta a acidez da chuva, resultando em chuva ácida.

– Monóxido de Carbono (CO): formado pela combustão incompleta de combustíveis fósseis, como gasolina, carvão e madeira.

– Ozônio (O3): um dos principais gases do efeito estufa. Contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida nas camadas mais baixas da atmosfera.

– Material Particulado (PM2,5): poluente atmosférico com origem da queima de combustíveis, poeira e veículos automotores, altamente prejudicial à saúde. São partículas de poeira consideradas finas, com diâmetro até 2,5µm.

– Material Particulado (PM10): partículas de poeira consideradas grossas, com diâmetro maior que 2,5 µm e menor que 10µm.


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