
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) anunciou a conclusão da primeira etapa da elevação do dique do Sarandi à cota de 5,8 metros de altura. O trecho de 1,1 quilômetro entre as Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) 9 e 10 foi reforçado com argila de jazidas pré-selecionadas e elevado a um patamar acima do registrado durante a enchente de maio de 2024.
Segundo a Prefeitura, a partir de agora a obra emergencial segue pendente apenas da elevação da cota na área que, atualmente, é irregularmente habitada. O Dmae também tem trabalhado na elevação do dique que contorna a sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), local onde os serviços, iniciados em 30 de agosto, devem se estender até o primeiro trimestre de 2025.
“A obra emergencial é fundamental para dar segurança, no curto prazo, aos moradores do bairro Sarandi. Todas as etapas foram concluídas conforme o esperado”, afirma Darcy Nunes dos Santos, diretor-geral interino do Dmae.
A Prefeitura projeta que as intervenções no dique do Sarandi serão retomadas quando for concluído o reassentamento das famílias que vivem sobre a estrutura do sistema de proteção contra cheias. O processo é liderado pelo Departamento Municipal de Habitação (Demhab), por meio dos programas Compra Assistida e Estadia Solidária.
“Confiamos no entendimento dos moradores para que haja a retirada das famílias da maneira mais tranquila possível, com o objetivo que a obra chegue ao local o quanto antes,” ressalta André Machado, diretor-geral do Demhab.
A expectativa é de que quando as obras emergenciais forem concluídas na Zona Norte da Capital, os diques alcancem cotas superiores à marca de 5,5 metros. Quando isso ocorrer, o Dmae anunciou que fará intervenções definitivas, com o objetivo de aumentar a proteção para 7 metros. A proposta leva em conta o projeto original das estruturas, elaborado pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) entre as décadas de 1960 e 1970.
De acordo com a Prefeitura, os estudos de engenharia que darão base à obra estão em elaboração desde agosto do ano passado e devem incluir diversas técnicas de sondagem como, por exemplo, à percussão e por eletrorresistividade. O objetivo é conferir a capacidade de suporte do solo em relação ao dique, que passará por aterramento e elevação de nível. Antes das atuais intervenções, a cota era variável entre 4 e 4,5 metros de altura.