Em 2024, pela primeira vez, o dia 20 de novembro será feriado em Porto Alegre. O presidente Lula sancionou, em dezembro do ano passado, a lei que inclui o Dia da Consciência Negra no calendário de feriados nacionais. Além de montar uma agenda com os eventos que marcarão a data na cidade (confira abaixo), o Sul21 conversou com o professor José Rivair Macedo, do departamento de História da UFRGS, para entender a importância do feriado para o movimento negro.
Oficialmente, a data é desde 2011 o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, por uma lei sancionada pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Mas não foi criado, naquela época, um feriado nacional; a partir daí, cada estado ou cidade brasileira poderia incluir um feriado neste dia. Não foi o caso de Porto Alegre, embora a proposição da data tenha surgido na capital gaúcha.
“A proposição do 20 de novembro como dia para reflexão sobre a população negra partiu aqui de Porto Alegre em 1972, pelo grupo Palmares”, explica o professor Macedo. O grupo de ativismo negro sediado na Capital foi ativo de 1971 a 1978, ano em que a ideia da data passou a ser assumida por outros movimentos sociais do país.
Até então, o dia adotado pelo movimento negro era o 13 de maio, data da abolição da escravatura. “Era uma data ligada à concessão de liberdade pela Princesa Isabel. Já o 20 de novembro é uma data de resistência e de luta pela liberdade, associada à morte de Zumbi dos Palmares”, afirma o professor. Zumbi foi um importante líder quilombola assassinado em 20 de novembro de 1695, na Serra da Barriga, em Alagoas. A versão mais aceita da história conta que ele teve a cabeça cortada e exposta em praça pública no Recife.
Mais de cinco décadas após a criação da data em Porto Alegre é que o município terá feriado, por força da lei federal de 2023. Em âmbito municipal, o feriado já havia sido aprovado na Câmara em 2015, sancionado pelo então prefeito José Fortunatti. Entretanto, o Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a iniciativa, alegando que a definição de feriados é competência exclusiva da União. O mesmo aconteceu em 2003, quando a Federação das Indústrias do RS (Federasul) ingressou com ação similar.
“Embora a data tenha sido criada em Porto Alegre, não partiu da sociedade porto-alegrense. Partiu de intelectuais e militantes negros que viviam na cidade. Talvez, justamente por causa do racismo tão forte no Rio Grande do Sul, é que surgiram movimentos sociais negros muito fortes e aguerridos desde os anos 30 no estado”, pondera Macedo.
O professor salienta que o mais antigo clube social negro do Brasil, a Sociedade Floresta Aurora, foi criado em Porto Alegre no ano de 1872. A União dos Homens de Cor foi fundada na cidade em 1946. “Há uma história de organização social negra muito antiga no Rio Grande do Sul, por causa das relações sociais aqui existentes, que são muito mais escancaradas do que aquelas que acontecem em outras partes do país”, afirma.
Antes de ser criado um feriado, surgiu a ideia de “consciência negra”. O movimento da Negritude, composto por intelectuais africanos e diaspóricos na década de 1930, foi responsável pelas primeiras manifestações do conceito. “Esse movimento incentivou o anticolonialismo das independências africanas, por exemplo”, ressalta o professor da UFRGS. “Mas a ideia de negritude se renova no final dos anos 1960 nos Estados Unidos, com o movimento Black Power, e sobretudo na África do Sul, no contexto do apartheid”.
O intelectual sul-africano Steve Biko é considerado um dos principais responsáveis por dar forma ao conceito de consciência negra, na década de 1970. A ideia assenta na percepção de que a raça negra passa por um processo de dominação branca, de acordo com Macedo. “A consciência negra parte de um pensamento político que busca a mobilização negra para a ação. Supõe uma circulação de valores e ideias de pessoas negras do mundo todo”, resume o professor.
A ideia de consciência negra chegou ao Brasil depois disso. “Até então, a visão racial no país era marcada pela ideologia da democracia racial, de uma suposta integração”, diz Macedo. Atualmente, a democracia racial é considerada um mito, já que pressupõe que exista igualdade entre as pessoas de todas as etnias. “Justamente no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 há um grande movimento nacional pela substituição do 13 de maio pelo 20 de novembro”.
No Rio Grande do Sul, através do grupo Palmares, houve uma mobilização para que a nova data fosse reconhecida. “Os feriados, as datas cívicas, costumam na sua maior parte vir de uma certa identidade nacional através do Estado. Ou então vêm da tradição religiosa”, aponta Macedo. “O 20 de novembro é uma situação diferente, porque é resultado de uma mobilização muito longa dos movimentos sociais, vinda de uma fração da sociedade que sentia a necessidade de ver sua presença reconhecida em dimensão nacional”.
O objetivo dos movimentos sociais é que o 20 de novembro não seja associado a uma celebração, mas sim a um momento de reflexão e denúncia. “O que dá origem à luta é o racismo existente no Brasil, e que continua a existir. Embora hoje existam políticas antirracistas, elas não resolveram e estão longe de resolver o problema”, destaca o docente da UFRGS. “Você não celebra a discriminação, não celebra a desigualdade, o esquecimento”.
Macedo lembra que, no Rio Grande do Sul, uma das lutas do movimento negro é pela mudança da letra do hino do estado. “A frase ‘povo que não tem virtude acaba por ser escravo’ é abertamente racista, mas o movimento não consegue alterá-la. Já nos anos 1970, o intelectual Oliveira Silveira [integrante do grupo Palmares] tentou propor alteração na letra, sem nunca ter conseguido”.
A Assembleia Legislativa aprovou, em 2023, um projeto do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) que “institui proteção e imutabilidade” dos símbolos do Rio Grande do Sul. Para Macedo, isso mostra que, embora a ideia da consciência negra tenha circulado no estado entre movimentos sociais e na comunidade negra, não foi assim na sociedade como um todo.
“Nesse momento em que o feriado passa a ser registrado na agenda nacional, que essa dimensão de reflexão possa contribuir para uma mudança efetiva da sociedade sul-rio-grandense”, coloca o professor. “A data do 20 de novembro não deve ficar limitada apenas a esse dia, mas tem que ser pensada em termos do que significa para a cidadania ativa das populações negras”.
O feriado na Capital contará com o 3º Festival Porongos, das 10h às 19h30, no Centro de Educação Ambiental (CEA) – Bom Jesus (Avenida Joaquim Porto Vila Nova, Vila Pinto, 143). Um dos destaques da programação é a presença de Ravi Lobo, resultado do intercâmbio cultural entre Porto Alegre e Salvador. O rapper e compositor baiano é conhecido por suas letras que abordam a vida nas periferias, questões sociais e a luta por justiça.
Outra presença confirmada no festival é da cantora e compositora Pâmela Amaro, considerada uma das revelações do samba na atualidade. A artista estará acompanhada da banda Herdeiras do Samba em uma autêntica roda de samba. A entrada é franca, sujeita à lotação de 600 pessoas no espaço.
Às 10h, será entregue a estátua de Zumbi dos Palmares, instalada no largo que leva o nome do líder do Quilombo dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. Produzida pelo artista Mario Cladera, uruguaio radicado em Porto Alegre desde 1978 e referência em escultura no Rio Grande do Sul, a estátua mede 2,40 metros de altura, somando a lança, e foi feita em bronze. Cladera é autor de 25 obras públicas entre bustos, hermas e figuras de corpo inteiro.
No Teatro Bruno Kiefer, 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana, será encenado o espetáculo “Negreiros – Histórias que a história não conta”, das 20h às 20h45. Com atuação de Juliano Felix, o espetáculo é um mergulho na escravização contemporânea que envolve o tráfico de pessoas, fluxos migratórios e a ampliação do debate racial no Brasil. Entrada gratuita.
Programação da Prefeitura Municipal: juntamente com o programa Centro+ e o Instituto Oliveira Silveira (IOS), uma agenda cultural irá movimentar o feriado de 20 de novembro:
8h – Cavalgada da Consciência Negra/Piquete Pêlo Escuro – da Orla para o Centro Histórico;
9h30 – Abertura da Exposição Grupo Palmares e as Mulheres, Pinacoteca Aldo Locatelli do Paço Municipal;
10h30 – Jogo dos Canelas Pretas com a benção dos Orixás, no Parque Marinha do Brasil;
12h – Churrasco da Consciência Negra, no Parque Harmonia;
15h – Bloco do Oliveira Silveira, da Orla para a Casa do Gaúcho;
16h – Show “Xandelle é 20”, na área central do Parque Harmonia;
17h – Roda de Capoeira da Consciência Negra, no Largo Zumbi dos Palmares
18h – Gangster – Oficina Batalhas de Rima, no Largo Zumbi dos Palmares
19h – Roda de Samba da Troop e Convidados, no Largo Zumbi dos Palmares
21h – Escola de Samba – Bambas da Orgia, no Largo Zumbi dos Palmares
Além do feriado no dia 20, todo o mês de novembro terá programação cultural e educativa em alusão à Consciência Negra em Porto Alegre. A 70ª Feira do Livro, que começou dia 1º, conta com uma curadoria dedicada à Literatura Negra. A coordenação é da escritora e musicista Lilian Rocha. “Teremos a presença histórica do poeta Cuti, criador do conceito ‘literatura negro-brasileira’ e o olhar periférico de Lilia Guerra, finalista do Prêmio São Paulo, ambos importantíssimos. É necessário naturalizar essa presença, não como algo extraordinário, mas como reconhecimento dessas trajetórias literárias que contribuem há muito tempo em nosso país”, destaca a curadora.
Confira todos os eventos na cidade em ordem cronológica:
Sábado, 09/11
Oficina de Fotografia e Poética da Imagem – No Percurso Negro do Centro Histórico
A oficina propõe um mergulho profundo na relação entre a fotografia e a memória, especialmente da presença negra em Porto Alegre, explorando a demarcação do patrimônio e das memórias da negritude presentes no Percurso Negro do Centro Histórico da cidade. Ao longo da atividade, os participantes terão a oportunidade de aprender aspectos técnicos sobre fotografia, explorar a obra de importantes artistas e educadores e realizar um percurso no centro histórico da cidade, na medida em que registram esse processo. Atividade gratuita.
Horário: 09h30
Local: MuseCom
Link de inscrição:www.sympla.com.br/evento/oficina-de-fotografia-e-poetica-da-imagem-nopercurso-negro-do-centro-historico/2710882
Lançamento do livro “20 poemas para novembro”
A obra é composta por poesias que descrevem a história e a cultura de resistência negra, em prol do resgate dos fatos históricos e exaltações à cultura negra gaúcha, tendo como base o legado de Jayme Caetano Braun.
Horário: 15h
Local: Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado
Espetáculo “Vozes negras do sul”
Com Silvia Abreu, Dessa Ferreira e Dona Conceição – Circuito afro e indígena contemporânea. Entrada gratuita.
Horário: 15h às 17h
Local: Auditório Luis Cosme, 4º andar da Casa de Cultura Mario Quintana
Segunda-feira, 11/11
Início da 12ª Semana da África na UFRGS. As atividades ocorrerão no Centro Cultural da UFRGS (3º andar), na Sala Redenção – Cinema Universitário e na Faculdade de Educação (FACED UFRGS). Também haverá sessões virtuais de apresentação de trabalho. Todas as atividades são gratuitas, com entrada livre, abertas à comunidade. A entrada nos eventos presenciais é por ordem de chegada, até o limite de lotação dos espaços (exceto nas que estão indicadas com inscrição prévia
De 11 a 13/11, será ministrado o minicurso Introdução ao cinema de Ousmane Sembène. As aulas serão ministradas por Márcio Paim, das 14h às 16h, na sala 605 da Faculdade de Educação. O minicurso, em suas três aulas, busca contextualizar, através da relação história e cinema, a diversidade de argumentos, ideias e fatores que resultaram no processo das independências dos países africanos e na formação da Organização da Unidade Africana (OUA), pontuando a importância da produção fílmica do diretor Ousmane Sembène nesse contexto. Inscrições antecipadas neste link
De 11 a 14/11, a Sala Redenção exibe a mostra “O sentido da liberdade em filmes de diretores africanos”. Na passagem do centenário do cineasta Ousmane Sembene (1923-2023) e do combatente da liberdade Amílcar Cabral (1924-2024), a mostra tem o objetivo de refletir sobre os sentidos e significados da liberdade durante e após o período das independências africanas em suas dimensões de classe, gênero e raça. Confira a programação dos filmes em www.ufrgs.br/deds/africa2024/.
Terça-feira, 12/11
Novembro Negro na UFCSPA: Debate sobre o livro “O Crime do Cais do Valongo”, de Eliana Alves Cruz
Os integrantes do NEABI UFCSPA e do Grupo de Estudos Mate Masie abordarão a obra, que atua como resgate histórico do fim do século XVIII e início do XIX, num dos canais de ligação África–América.
Horário: 17h30
Local: 3º andar do prédio 2 da UFCSPA
Quarta-feira, 13/11
Novembro Negro na UFRGS: Partida do jogo de tabuleiro “Nós por Nós”: história, racismo e luta por cidadania no Pós-Abolição
Horário: 14h
Local: Sala PIBID do Prédio 43311 (IFCH) – Campus do Vale
Quinta-feira, 14/11
Apresentação do Ilhota Hub de Inovação Preta
Iniciativa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para fomentar a cultura empreendedora das periferias.
Horário: 9h
Local: Salão nobre da Associação Comercial de Porto Alegre – ACPA (Largo Visconde do Cairú, 17 – Centro Histórico)
Baile na Sociedade Cultural Floresta Aurora
O clube social negro mais antigo do país comemora a abertura da 34ª Semana Municipal da Consciência Negra. O evento será palco de uma leitura poética em homenagem aos lanceiros negros e aos 160 anos do Massacre de Porongos.
Horário: 19h
Local: Estrada Afonso Lourenço Mariante, 437 – Belém Velho
Sexta-feira, 15/11
Novembro Negro na UFRGS: Desafios da Ciência Política na África
Horário: 14h30
Link: página do Youtube do NEAB
Sábado, 16/11
Oficinas literárias da Pequena Biblioteca de Leituras Pretas
9h às 12h – Narrativas Brasil, com tradução para Libras
14h às 17h – Poesia África
Local: Centro cultural Vila Flores (rua São Carlos, 759)
Inscrições pelo site pelo site bit.ly/inscrições-pequenabiblioteca.
Programação no Largo Zumbi dos Palmares:
Abertura das feiras de artesanato (14h às 20h30) e gastronômica (11h às 21h30)
19h – Grupo Desagravo
20h – Banda Sem Comentários
21h – Imperadores do Samba
Domingo, 17/11
Programação no Largo Zumbi dos Palmares:
10h – Roda de Conversa Coletivo Corre Preto
15h – Capoeira Mestre Mano
15h – Roda de Conversa Mães Pretas
20h – Alex e Banda
21h – Escola de Samba – União da Tinga
19h – Roberto Costa e Banda
Segunda-feira, 18/11
Programação no Largo Zumbi dos Palmares:
Das 09h às 16h – Feirão de Empregos
20h – Negra Jaque
21h – Loma Pereira
19h – Senzala
Semana da África na UFRGS: descolonização, independência e desenvolvimento em África
Apresentação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano com mediação de Marcello Felisberto.
Horário: 9h
Link: mconf.ufrgs.br/webconf/deds
Semana da África na UFRGS: Ensino e aprendizagens dos povos africanos
Apresentação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano com mediação de
Eulanda Maria Pedro Daniel (Moçambique).
Horário: 9h
Local: Sala Pitangueira – Centro Cultural da UFRGS
Semana da África na UFRGS: Libertação nacional, internacionalismo e seus desafios atuais
Apresentação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano com mediação de Abdala Inaque (Moçambique).
Horário: 9h
Local: Auditório Ipê – Centro Cultural da UFRGS
Semana da África na UFRGS: O legado de Amílcar Cabral
Mesa de discussão com Celestino Taperero Fernando
(Moçambique – participação virtual) , Luciana Dias (Brasil – participação virtual), Vanito Vieira Cá (Guiné-Bissau – participação virtual) e mediação de Gustavo Koszeniewski Rolim (Brasil).
Horário: 14h
Local: Auditório Ipê – Centro Cultural da UFRGS
Novembro Negro na UFCSPA: Mesa-redonda “Como pessoas brancas podem se unir no combate ao racismo?
As egressas do curso de Psicologia da UFCSPA Carol Pereira, Marina Helena e a Roberta Gomes serão as palestrantes.
Horário: 19h
Local: Auditório do prédio 3 da UFCSPA
Terça-feira, 19/11
Semana da África na UFRGS: Pedagogias africanas em suportes e contextos diversos
Apresentação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano com mediação de Mamadú Mutaro Embaló (Guiné-Bissau)
Horário: 9h
Link: mconf.ufrgs.br/webconf/deds
Semana da África na UFRGS: Invenções do mundo: poéticas e historicidades africanas
Apresentação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano com mediação de José Antônio dos Santos (Brasil)
Horário: 9
Local: Sala Pitangueira – Centro Cultural da UFRGS
Semana da África na UFRGS: Literaturas e tradições africanas
Apresentação de trabalhos acadêmicos sobre o continente africano com mediação de Miguel Lombas (Angola)
Horário: 9h
Local: Auditório Ipê – Centro Cultural da UFRGS
Abertura da Semana da África na UFRGS
Ẹ̀taare – A Semente: Vivência-show que trará uma experiência artístico-cultural única a partir das cosmologias africanas, seus fundamentos e princípios.
+ Mesa de discussão: Poéticas e estéticas africana
Horário: 14h
Local: Auditório Ipê – Centro Cultural da UFRGS
Novembro Negro na UFRGS: Encruzilhando Existências: Estudantes Africanos na UFRGS
Roda Literária e Poética sobre como é existir na UFRGS sendo da África
Horário: 18h30
Local: Biblioteca do Instituto de Psicologia, Serviço Social, Saúde e Comunicação Humana – IPSSCH
Programação no Largo Zumbi dos Palmares:
19h – Dj Serginho – Black Music
20h – Tambores de Freire
21h – Glau
Quinta-feira, 21/11
Semana da África na UFRGS: Feira de produtos africanos (21 e 22/11)
Horário: das 9h às 17h
Local: Em frente à Faculdade de Educação – Campus Centro
Novembro Negro na UFRGS: programação no Salão de Atos
9h – Cerimônia de outorga do título de Doutora Honoris Causa a Petronilha Beatriz Gonçalves
10h30 – Apresentações artísticas em alusão ao Dia da Consciência Negra
11h45 – Foto coletiva das pessoas negras da UFRGS
Semana da África na UFRGS: Oficina – Músicas de mbira e bongoma
Introdução aos toques dos lamelofones mbira e bongoma, suas técnicas e repertórios, com objetivo de dar a conhecer sobre a origem e diversidade desses instrumentos milenares e suas ricas tradições culturais. Atividade para escolas e instituições educativas, para crianças a partir de 10 anos. Inscrições neste link até o limite de vagas
Horário: 9h
Local: Auditório Ipê – Centro Cultural da UFRGS
Semana da África na UFRGS: Oficina de tranças afro
Serão ensinadas técnicas de trança e alongamento entre os próprios alunos e também com cabeças de treino. Inscrições encerradas. É possível tentar vagas no local, caso inscritos não compareçam.
Horário: 9h
Local: Sala Pessegueiro – Centro Cultural da UFRGS
Conversa de Casa: Entre olhares
A curadora Nilza Colombo e o artista Leonardo Fanzelau, junto com Coletivo de Escritores Negros de Porto Alegre, irão abrir a conversa sobre a presença de corpos negros em obras visuais e/ou literárias, além de dimensionar as intenções e motivações do artista e curadora de deslocar a obra de arte contemporânea para um Museu de História Júlio de Castilhos. A conversa terá um espaço dedicado à participação do público, fomentando trocas e criando um ambiente para pensar o papel da arte e da literatura na reconfiguração de imaginários sociais.
Horário: 10h às 12h
Local: Auditório Luis Cosme, 4º andar da Casa de Cultura Mário Quintana
Semana da África na UFRGS: Roda de conversa – Afroempreendedorismo na perspectiva dos africanos em diáspora
Empreendedores africanos se reúnem para falar sobre suas experiências, desafios, no sentido de compartilhar saberes e fortalecer uns aos outros, além de trazer ao público as especificidades do que é ser empreendedor africano no Brasil.
Horário: 14h
Local: Sala Pitangueira – Centro Cultural da UFRGS
Encontro de Educadores: Integração na Arte Contemporânea e Literatura
A proposta busca promover um intercâmbio de saberes entre as artes visuais e a literatura, ampliando os diálogos sobre o acervo do MACRS, que, apesar de iniciativas recentes, ainda apresenta baixa representatividade em termos gerais. O encontro tem como objetivo criar uma reflexão crítica e uma criação conjunta, explorando diferentes formas de leitura das obras do acervo. A iniciativa busca elaborar estratégias para que as vozes negras não sejam apenas inseridas em ações pontuais, mas integradas de maneira contínua e estruturante nas políticas culturais e educativas do MACRS.
Horário: 14h às 17h
Local: Auditório Luis Cosme, 4º andar da Casa de Cultura Mário Quintana
Semana da África na UFRGS: Na minha solidão
Lançamento do catálogo da exposição “Na Minha Solidão”, com a participação do artista, Joseph Kapweya. A exposição feita em junho e julho de 2024, apresentou obras com temas culturais do país de origem do artista, a Namíbia, retratos, figuras humanas, pinturas abstratas e lugares turísticos de Porto Alegre.
Horário: 16h30
Local: Sala Pitangueira – Centro Cultural da UFRGS
Novembro Negro na UFRGS: “Desconstruindo o racismo em estudos genéticos”
Mesa de debate com a participação de Artur Schuh, Célia Martins, Fernanda Vianna e Gisele Martins.
Horário: 18h
Local: Sala 115 da Faculdade de Medicina da UFRGS
Roda de conversa com o escritor Jeferson Tenório
O escritor e vencedor do Prêmio Jabuti 2021, Jeferson Tenório, fala sobre suas obras e o trabalho de escritor, com mediação da professora Roberta Flores Pedroso (IFRS – Camaquã). Duração de 2h.
Horário: 19h
Local: Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado
Programação no Largo Zumbi dos Palmares:
19h – Pamela Amaro
20h – Samba Delas
21h – Andréa Cavalheiro
Sexta-feira, 22/11
Semana da África na UFRGS: Oficina – Canções tradicionais para sala de aula
Oficina sobre a cultura musical da Costa do Marfim. Os participantes poderão ouvir e aprender a cantar canção (Taãn) tradicional animada e rítmica, acompanhada por percussão. Serão abordados os significados das letras da música e como ela é usada em celebrações e eventos culturais. Atividade para educadores e estudantes de licenciaturas. inscrições neste link até o limite de vagas.
Horário: 9h
Local: Sala Pessegueiro – Centro Cultural da UFRGS
Semana da África na UFRGS: Palestra Entre mapas e rios: um olhar para Moçambique e a literatura de Paulina Chiziane
Horário: 9h
Local: Sala Pitangueira – Centro Cultural da UFRGS
Painel “A história do Rio Grande do Sul sob a perspectiva negra”
Palestras com os professores Paulo Moreira (UFPel e FURG) e Fernanda Oliveira (UFRGS), referentes aos períodos da escravidão e do pós-abolição.
Horário: 10h e 14h
Local: Sala Luis Cosme, 4º andar da Casa de Cultura Mario Quintana
Semana da África na UFRGS: Mesa de discussão “Dimensões mundiais da africanidade”
Notas para manter fidelidade aos saberes legados por Cheikh Anta Diop, Frantz Fanon, Kimpa Vita no que diz respeito ao desenho e a inclusão da cultura e história negra na história da humanidade
Horário: 14h
Auditório Ipê – Centro Cultural da UFRGS
Semana da África na UFRGS: Afriká no Sul – Laços da Origem
Sarau artístico-cultural, para o encerramento do evento, com a participação de artistas africanos. Exposição e compartilhamento de aspectos culturais de seus países, povos e culturas originárias.
Horário: 16h30
Local: Auditório Jacarandá – Centro Cultural da UFRGS
A UFCSPA sediará um encontro de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABIs). Além do grupo da UFCSPA, integram a atividade os núcleos da PUCRS, da UFRGS e do IFRS-Restinga.
Horário: 18h30
Local: Auditório do prédio 3 da UFCSPA
“2 Batuqueiros – Encontro dos Mestres Borel e Giba Giba”
Sessão de lançamento do curta-metragem dirigido por Carlos Caramez e Claudinhos Pereira, seguido de debate com os filhos dos dois homenageados. Entrada gratuita.
Horário: 19h
Local: Sala Paulo Amorim, térreo da Casa de Cultura Mario Quintana
Show “Pelo escuro: letra e música”, sobre o poeta Oliveira Silveira, com o grupo Desagravo
Adaptação da obra de Oliveira Silveira. Interpretação do grupo Desagravo, formado por Renata Pires (voz), Vladimir Rodrigues (violão) e Mingo Niemê (percussão), com apoio de Beto Silva (percussão) e Conceição Vidal (backing-vocals). Participação de Marieta Silveira e Naiara Silveira, nas declamações. Duração de 1h45. Atividade gratuita.
Horário: 19h
Local: Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado
Programação no Largo Zumbi dos Palmares:
19h – Karina Crazy Arte / Rafuagi
20h – Afrosul – Dança
21h – Estado Maior da Restinga
Sábado, 23/11
Oficinas literárias da Pequena Biblioteca de Leituras Pretas
9h – Poesia Brasil
14h – Narrativas Rio Grande do Sul
Local: Centro cultural Vila Flores (rua São Carlos, 759)
Inscrições pelo site pelo site bit.ly/inscrições-pequenabiblioteca.
Terça-feira, 26/11
Novembro Negro na UFRGS: “Lugar de Negro: Trajetórias Negras, Inclusão e Transformação na Universidade”
Horário: 14h30 às 16h
Local: Sala 612 da Faced
Quarta-feira, 27/11
Novembro Negro na UFRGS: “Lugar de Negro: Trajetórias Negras, Inclusão e Transformação na Universidade”
Horário: 09h30 às 11h
Local: Sala 612 da Faced
Novembro Negro na UFRGS: Aula sobre Oliveira Silveira
Horário: 18h
Local: Sala 605 da Faced
Quinta-feira, 28/11
Lançamento do catálogo “Registros da Presença Negra no Arquivo Histórico do RS: Fundo Polícia – códices”
Esse segundo volume traz em formato de verbete as informações contidas nos códices do Fundo Polícia, produzidos entre os anos de 1840 e 1888 e que fazem referência à presença negra no nosso Estado. Realização do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e Programas de Pós-Graduação em História da Unisinos, UFPel e FURG, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entrada gratuita.
Horário: 18h
Local: Auditório 102 da Faced/UFRGS, durante o I Seminário Relações Étnico-Raciais e suas aprendizagens
