Geral
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11 de outubro de 2024
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08:03

Desmonte da Metroplan expõe custo à população da ausência de órgão de planejamento

,Foto: Isabelle Rieger/Sul21
,Foto: Isabelle Rieger/Sul21

Em 2016, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, por iniciativa apresentada pelo então governo José Ivo Sartori (MDB), autorização para extinguir a Fundação Zoobotânica (FZB), a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), a Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), a Fundação de Economia e Estatística (FEE) e a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). No caso da Metroplan, apesar de a autorização para sua extinção ter sido aprovada, isso nunca aconteceu. Mas a empresa foi reduzida a um patamar mínimo de funcionamento, com os poucos servidores que restaram trabalhando para manter suas funções o melhor que podiam.

A enchente de maio deste ano evidenciou a dimensão do erro desta de decisão de querer extinguir um órgão responsável por pensar, fiscalizar e executar ações de planejamento nas regiões metropolitanas do Estado. Entre as principais atribuições da Metroplan, estão planejar o crescimento urbano de forma ordenada, regular o sistema de transporte nas regiões metropolitanas, regular o uso do solo e dos recursos hídricos também. O que se viu, em maio deste ano, com a catástrofe climática, foi como os danos e problemas são potencializados quanto o Estado abre mão de ter um órgão desta natureza atuante.

O Sul21 produziu um vídeo para contar um pouco dessa história de desmonte, de desprezo pelo planejamento e de como isso impacta o cotidiano da população. É um retrato resumido de como aquele decisão, tomada em 2016 e que só veio se aprofundando, prejudica a qualidade de desenvolvimento do Estado e a qualidade de vida da população. A produção e entrevistas foram realizadas por Marco Weissheimer e Isabelle Rieger, responsável também pela captação de imagens e pela edição do vídeo.


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