Já é setembro. O grito dos excluídos, programação encabeçada por sindicatos, movimentos populares e clericais, faz oposição à comemoração do dia da Independência, ou o feriado tradicional de 7 de setembro. Neste ano, a caminhada teve espaço no bairros Navegantes e Humaitá, na Zona Norte de Porto Alegre. A enchente de maio ainda deixa marcas nas ruas. Logo na saída da marcha, a chuva caiu forte. Nas conversas entre os manifestantes, era possível ouvir que aquele era um momento simbólico. Chove no início da marcha que tenta trazer visibilidade para os excluídos da pátria. Chove no início da caminhada pelos bairros que ainda têm marcas da enchente de maio, onde as limpezas e a reconstrução não parecem estar dentro das agendas de governantes.
O grito dos excluídos está completando 30 anos de atividades e, neste ano, o mote era: “todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”
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