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15 de setembro de 2024
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14:00

Chuva volta lentamente ao Brasil na segunda metade de setembro, projeta Metsul

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Foto: Isabelle Rieger/Sul21
Foto: Isabelle Rieger/Sul21

A Metsul Meteorologia projeta que a chuva deve voltar lentamente para as áreas secas do Centro do Brasil na segunda metade de setembro. É o que acontece historicamente, depois do auge da estação seca, que ocorre em agosto e no início de setembro. No entanto, as precipitações devem ser abaixo da média e a temperatura segue acima do normal em parte do Brasil.

Deve chover apenas em outubro em alguns pontos do Centro-Oeste e do Sudeste, mas se espera que a chuva alcance mais pontos das duas regiões nesta segunda quinzena do mês na comparação com a primeira, muito seca.

A chuva nesta segunda metade de setembro deve alcançar vários pontos do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, parte de Minas Gerais e Espírito Santo, porém as precipitações em muitas áreas devem ser mal distribuídas e com baixos volumes.

Para a região Sul, a tendência é de grande variabilidade de volumes de chuva, com pontos abaixo e acima da média. Não devem se repetir os extremos observados durante o El Niño do ano passado.

Santa Catarina e o Paraná, em especial, podem ter um incremento na chuva durante a segunda metade de setembro. No Rio Grande do Sul, haverá grande variabilidade local de volumes no período.

A segunda metade de setembro no Centro-Sul do Brasil não será tão quente quanto foi a primeira. Mas, no geral, vai se manter o padrão de temperaturas acima do normal para esta época do ano, novamente nas mesmas áreas da primeira metade do mês: Centro-Oeste, Sudeste e Norte da Região Sul.

Tal como se viu durante a primeira quinzena, o que resta de setembro ainda reserva muitos dias de calor excessivo com máximas acima de 40ºC no Centro-Oeste. Cuiabá, por exemplo, continuará com o padrão de dias com 40ºC ou mais acima do habitual com muitas tardes de 41ºC a 43ºC.

O Rio Grande do Sul seguirá com temperaturas perto ou pouco acima da média na maioria das localidades, com marcas mais acima na Metade Norte e dias mais amenos e agradáveis da Metade Sul. Não há expectativa de qualquer período prolongado de forte calor ou de muito frio.

Choveu muito pouco durante a primeira quinzena de setembro no Brasil, o que contribuiu para os dias de baixíssima umidade e um grande número de focos de queimadas. Mesmo mais ao Sul do Brasil, onde em setembro não há temporada seca e a chuva tende a ser volumosa nesta época do ano, choveu pouco.

Porto Alegre somou apenas 56,6 mm nos primeiros 14 dias do mês. Em comparação, no atipicamente chuvoso setembro de 2023 sob forte El Niño, a capital gaúcha anotou 275 mm na primeira quinzena.

Mas a maior anomalia climática de setembro até agora está na temperatura, com um mês quente demais no país. Os desvios positivos da média são “muitíssimo fora do normal”, sobretudo nas máximas diárias, de acordo com a Metsul.

A capital gaúcha é um dos raros pontos do Centro-Sul do Brasil em que as marcas nos termômetros ficaram perto da normalidade. Houve muitos dias de tempo fechado e vários com abundante fumaça em Porto Alegre, onde a média das máximas nas duas primeiras semana do mês foi de 22,9ºC. O valor está muito perto da média normal máxima do mês de 22,8ºC.


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