
O Gabinete do Vice-Governador (GVG) confirmou nesta quinta-feira (8) que o governo do Estado não irá implantar os últimos dois Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), conhecidos como “cidades provisórias”, previstos para acolher pessoas que permanecem desabrigadas em razão das enchentes de maio. Atualmente, estão em operação dois CHAs no município de Canoas e um em Porto Alegre, que não operam com a capacidade total. Outros dois centros estavam previstos para Porto Alegre, mas não são considerados necessários diante da demanda atual.
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Os três centros de abrigamento transitório foram montados pelo governo do Estado em parceria com as prefeituras e com a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Migrações (OIM), que faz a gestão dos espaços. O CHA Vida, em Porto Alegre, tem capacidade para 848 pessoas e conta atualmente com 322 desabrigados, de acordo com o boletim da OIM divulgado nesta quarta-feira (7). Já o CHA Esperança e o CHA Recomeço, ambos em Canoas, têm capacidade para 848 e 615 pessoas, respectivamente, com ocupação atual de 117 e 377 pessoas.
“O governo do Estado informa que os três Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), estabelecidos em parceria com as prefeituras de Canoas (2) e Porto Alegre (1), atendem a demanda atual de desabrigados nas duas cidades, tendo, inclusive, capacidade de receber mais acolhidos. A triagem e encaminhamento das pessoas para as instalações são de responsabilidade dos municípios. Havendo necessidade, o Estado tem condições de instalar mais dois centros”, diz nota divulgada pelo GVG.