Com o intuito de ajudar a combater à violência política de gênero e raça no Brasil, o Instituto E Se Fosse Você?, fundado em 2018 por Manuela d’Ávila, lança nesta segunda o plantão de apoio Onde Ela Quiser. O serviço é destinado a mulheres em cargos políticos eleitas em todas as esferas: municipal, estadual e federal; candidatas nas eleições de 2024 a vereadoras e prefeitas; no exercício da função pública (servidoras públicas); assessorias de mulheres candidatas e de eleitas e mulheres com restrição no exercício dos direitos políticos.
Leia também:
Violência de gênero exclui mulheres da política na Câmara de Porto Alegre
Para ter acesso, a vítima deve contatar o whatsapp (51) 9697-1224 e será direcionada a atendimento jurídico e/ou psicológico, conforme descrição do caso. No site www.ondeelaquiser.org também estão abertas as inscrições para advogadas, terapeutas, psicólogas e profissionais da comunicação serem voluntárias no projeto.
O plantão de apoio é um canal de confiança e sigiloso, que possibilitará à mulher buscar formas coletivas de enfrentamento contra a violência política de gênero, entender formas de tornar pública a denúncia do caso pelas redes sociais, receber orientação e encontrar recursos para lidar com a situação.
A violência política de gênero é uma prática que engloba diversas condutas e omissões com o objetivo de anular o reconhecimento e o exercício dos direitos políticos de uma ou mais mulheres. Essas situações, vividas por mulheres que escolhem a carreira política antes mesmo de serem eleitas, são tema de um livro que reúne entrevistas com vereadoras da Capital (leia aqui a entrevista com a autora).
“Queremos mais mulheres na política, mas em condições de atuar com dignidade e livres de todas as formas de violência. Por isso, promovemos ações de suporte e proteção às candidaturas”, comenta Manuela.
Ainda como parte deste projeto, no final de novembro, acontece um grande encontro de debate e mobilização em Brasília. Lá, serão discutidas punições mais rigorosas para agressores, mais formas de suporte às eleitas até mecanismos de prevenção e conscientização. A ação acontecerá em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e com o Observatório da Mulher na Política.
