
A medição oficial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) apontou que, às 8h deste domingo (5), o nível do Guaíba no Cais Mauá, em Porto Alegre, estava em 5,33 m, maior nível já alcançado em sua história. Às 5h, a medição apontou que o nível estava em 5,31 m. Desde então, oscilou na faixa de 5,30 m, o que indica uma possível tendência de estabilidade.
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O nível do Guaíba subiu muito rapidamente nos últimos dias em razão das fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde o início da semana passada. Na tarde da quinta-feira (2), a cota de inundação no Cais Mauá, de 3 m. Na noite de sexta-feira (3), por volta das 21h, alcançou a marca de 4,77 m, batendo o recorde histórico de 1941, estimado entre 4,75 m e 4,76 m.
Ao longo do sábado, continuou subindo, superando a marca de 5 m pela manhã, mas em ritmo mais lento. Às 21h, estava em 5,21 m e, às 22h, chegou a 5,27 m. Após esse período, as medições começaram apresentar oscilações, ainda que o nível continuasse subindo.
A partir da manhã, os dados apontaram oscilações negativas. Na medição realizada às 9h, estava em 5,31 m. Às 10h, marcou 5,28 m.

De acordo com previsões elaboradas pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) no sábado, cenários mais pessimistas apontavam que o nível do Guaíba poderia chegar a 5,5 m, enquanto o cenário mais moderado indicava estabilização ao redor de 5 m, cota que já foi superada.
O IPH indicava que, mesmo em caso de estabilização, o nível d’água deve se manter em torno dos 5 m por três dias — análise feito no sábado –, reduzindo gradativamente ainda dentro da cotada de inundação por uma semana. Contudo, a análise do IPH indica que o cenário é de grande incerteza e recomenda “todas as ações para a evacuação e proteção de vidas e remediação dos prejuízos nas áreas já impactadas e nas potencialmente impactadas de Porto Alegre e Região Metropolitana, não dando margem para situações de falhas nos sistemas de proteção”.
O IPH está divulgando um mapa das áreas atingidas na Região Metropolitana. Confira abaixo: