
O contrato entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Pousada Garoa, onde um incêndio matou 10 pessoas nesta madrugada de sexta-feira (26), foi prorrogado por mais 12 meses em dezembro de 2023, ao custo de R$ 225.448,33 mensais aos cofres públicos, totalizando R$ 2,7 milhões por ano.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o estabelecimento não tinha alvará para funcionar como pousada e também não tinha Plano de Proteção contra Incêndio (PPCI).
O incêndio iniciou durante a madrugada e, de acordo com os Bombeiros, duas vítimas foram encontradas no andar térreo, cinco no segundo andar e três no terceiro andar. Ao todo, oito pessoas foram socorridas com ferimentos, sendo que duas pessoas estão internadas em estado grave no Hospital de Pronto Socorro (HPS).
A investigação das causas do incêndio está sendo conduzida pelo delegado Daniel Ordahi, da 17ª Delegacia de Polícia.
Por volta das 8h30, o prefeito Sebastião Melo (MDB) esteve no local da tragédia e disse que o contrato com a pousada poderá ser cancelado. Melo disse ainda que a pousada, na ocasião da licitação, apresentou todos os documentos exigidos, mas que entre “o papel e a realidade”, há diferenças. “Provavelmente caminhe na decisão de romper com eles”, afirmou.