
Após serem interditados de forma cautelar pela Operação Esforço Concentrado, na semana passada, três bares do bairro Rio Branco firmaram, junto à Prefeitura, um termo de compromisso que os permite abrir neste final de semana. Os bares Pito, Metz e El Aguante devem funcionar sem música, encerrar as atividades à meia-noite, suspender a venda de bebida alcoólica às 23h30 e recolher os resíduos próximos dos estabelecimentos. O acordo foi formalizado em reunião na Procuradoria-Geral do Município (PGM) na manhã desta sexta-feira (25). Novas reuniões devem ser realizadas para avaliar o impacto das medidas.
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O encontro reuniu moradores e proprietários dos estabelecimentos, além do procurador-geral do Município, Roberto Silva da Rocha, os promotores Felipe Teixeira Neto e Anelise Steigleder, os secretários de Segurança, Alexandre Aragon, do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Germano Brem, a diretora de Fiscalização, Lorecinda Abrão, e os vereadores Pablo Melo (MDB) e Karen Santos (PSOL).
Segundo o procurador-geral, o acordo foi a alternativa encontrada para viabilizar o funcionamento dos bares durante o final de semana e reduzir o impacto financeiro da interdição, até que seja possível construir uma solução definitiva. “Por outro lado, o funcionamento, nos moldes como vinha ocorrendo, não pode continuar. A expectativa é de, posteriormente, seja encaminhada uma solução legislativa, que abranja toda a cidade”, disse.
A interdição, feita pela Secretaria Municipal de Segurança (Smseg), por meio da Diretoria-Geral de Fiscalização (DGF), foi tomada em razão de “reiteradas denúncias de poluição sonora, perturbação ao sossego dos moradores e obstrução do passeio público”, afirma a Prefeitura. Em nota conjunta, os bares relataram que a interdição ocorreu sem nenhum aviso prévio e sem possibilidade de defesa.
Nas redes sociais, moradores da região, frequentadores e parlamentares de Porto Alegre criticaram a interdição.
“É proibido se divertir em Porto Alegre! Absurdo o que a gente do Melo tem feito. Não sabe dialogar, construir alternativas entre frequentadores, empreendedores e moradores. Autoritarismo puro! Na verdade, pra favorecer um tipo específico de estabelecimentos que eles tem relação. Um absurdo! Tô a disposição pra gente denunciar essa ação e construir alternativas!”, comentou o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL).