
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou uma nota, na manhã desta sexta-feira (16), recomendando que a população evite deslocamentos pelas áreas afetadas pelas fortes chuvas e ventos que atingem o Estado desde ontem. Segundo a nota, a Defesa Civil está com equipes atuando em todo o Estado, em especial nas regiões da Serra e Litoral Norte, cujos municípios foram mais afetados pelo ciclone extratropical que atingiu o extremo sul do país. O governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou a morte de uma pessoa, por choque elétrico, em São Leopoldo. Pelo menos outras duas pessoas estavam desaparecidas na manhã desta sexta em regiões atingidas por alagamentos.
Além de recomendar que a população não se desloque para as áreas mais afetadas e que, quem puder, permaneça em casa, a Defesa Civil também está orientando as pessoas que moram em áreas de risco que saiam do local assim que possível e que evitem atravessar as áreas alagadas de carro ou a pé. Quem ficar isolado em local inseguro deve acionar o Corpo de Bombeiros por meio do número 193. A Brigada Militar pode ser acionada pelo 190 e a Defesa Civil pelo 199. Na noite de quinta-feira (15), equipes da Defesa Civil atuaram no município de Maquiné, onde o nível do rio subiu rapidamente e deixou pessoas ilhadas em algumas áreas. Em Caraá, o rio também subiu, provocando uma série de problemas para a população que vive na região.
“Todo o foco da nossa atuação é na proteção das vidas. Sei que as pessoas ficam preocupadas por questões materiais, por conta dos alagamentos, mas nesse momento é hora de cuidar das vidas, proteger as pessoas”, afirmou o governador, durante visita ao Centro de Operações e Proteção da Defesa Civil Estadual, em Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira.
A prioridade da Defesa Civil, neste momento, é o atendimento das pessoas em situação de maior vulnerabilidade. O ciclone causou alagamentos, bloqueios de estradas e estragos em diversas residências, atingindo principalmente a região Nordeste do Estado, com os maiores danos até agora sendo registrados no Litoral Norte. O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul, Luciano Orsi, que também é prefeito de Campo Bom, alertou que é de extrema importância que os prefeitos façam registros dos danos para que seja possível documentar e dar início aos decretos de calamidade pública e à busca de recursos para auxiliar as áreas mais afetadas pelo ciclone.
A Defesa Civil de Porto Alegre informou que mobilizou equipes desde a madrugada desta sexta para atendimento aos danos causados pela chuva intensa e vento na cidade. Na capital, a população deve buscar auxílio pelos telefones 199 (Defesa Civil) ou 156 (serviços operacionais). Na capital, nove unidades de Saúde foram fechadas em virtude do temporal: Cristal, Morro dos Sargentos, Lami, Paulo Viaro, Laranjeiras, Esperança Cordeiro, Ipanema, Vila Elizabeth e Ilha da Pintada. Ao todo, 62 unidades foram afetadas pelo mau tempo e 16 delas abriram com restrições na manhã desta sexta. A Prefeitura determinou a abertura do ginásio do Demhab para acolher moradores em situação de rua e familiares. O ginásio está preparado para receber 50 pessoas, com equipes de acolhimento da Fasc, cama, banheiros e alimentação.
A CEEE Equatorial também divulgou nota na manhã desta sexta informando que há 386 mil clientes sem energia, em sua área de atuação. Segundo a empresa, as regiões mais afetadas são: Região Metropolitana (323 mil clientes) e Litoral Norte (54 mil). Os municípios mais atingidos pela falta de energia são Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Guaíba, Cidreira, Tramandaí e Imbé.