Nesta terça-feira (28), em assembleia com mais de 500 servidores, os policiais penais do Estado decidiram montar uma vigília em frente ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa e promover paralisações nas 153 casas prisionais do RS. A categoria pede pelo chamamento de aprovados em concurso público e pelo aumento de vagas nas classes, o que possibilitaria o avanço da carreira dos servidores por meio de promoções, a recomposição de perdas inflacionárias, a equiparação salarial com a Polícia Civil e a regulamentação da Polícia Penal.
Após a assembleia, os policiais realizaram protesto em frente ao Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF) e a direção do Sindicato dos Policiais Penais (SINDIPPEN/RS) foi recebida pela Secretária Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans. Segundo o sindicato, a secretária admitiu o problema apresentado, porém afirmou que o limite prudencial (limite para despesas com pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal) atualmente é uma barreira.
Na AL, os servidores demandaram ações de deputados estaduais em favor da categoria e manifestaram o descontentamento com o governo do Estado. “Os servidores penitenciários estão insatisfeitos com a falta de diálogo do governo Eduardo Leite. Sequer somos recebidos pelo governador. Queremos que o governo Leite atenda nossas reivindicações. Deliberamos uma série de ações e mobilizações que vão repercutir por todo o interior do Estado”, destacou o presidente do sindicato, Saulo Felipe Basso dos Santos.
Na segunda-feira (27), o governador anunciou o chamamento de 355 agentes penitenciários, 43 agentes administrativos e 33 técnicos superiores para a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Um dos objetivos do chamamento é iniciar o processo de substituição de policiais militares por policiais penais nos principais presídios gaúchos. Com a substituição, o efetivo de policiamento nas ruas deve aumentar. Entretanto, o sindicato considera necessário o chamamento de cerca de 4 mil agentes para cumprir esse objetivo, quase o dobro do número de agentes na ativa.
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A categoria decidiu, ainda, ingressar com mandado de injunção no Tribunal de Justiça do Estado como forma de forçar que o governo protocole o Projeto de Lei que aumenta o número de vaga nas classes, possibilitando as promoções de mais servidores penitenciários.
