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23 de março de 2014
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14:00

Capitais brasileiras têm Marcha da Família com poucos participantes

Por
Sul 21
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Marchas da Família pediam o retorno dos militares ao poder | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Marchas da Família pediam o retorno dos militares ao poder | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Da Redação

Marchas da Família com Deus pela Liberdade aconteceram em diversas capitais do Brasil neste sábado (22). A maior parte delas, no entanto, contou com adesões muito pequenas por parte da população. Belo Horizonte, em Minas Gerais, reuniu cinco manifestantes; Florianópolis, em Santa Catarina, três; Recife, em Pernambuco, seis; e Natal, no Rio Grande do Norte, nove; em Belém do Pará, cerca de vinte.

As marchas acontecem 50 anos depois do movimento que antecedeu o golpe militar em 1964, pedindo o retorno das forças armadas ao comando do país. Em São Paulo, a adesão foi maior, de cerca de 700 pessoas. Paralelamente, acontecia uma marcha anti-fascista, que contou com um número similar de participantes, e reivindicava “Ditadura nunca mais”.

Na capital paulista, os manifestantes da Marcha pela Liberdade, que tinham expectativa de refazer o percurso da primeira edição do evento – da Praça da República até a Praça da Sé – gritaram, por vezes, “fora, Dilma”, e entoaram melodias pedindo a prisão da presidenta e a volta dos militares: “Um, dois, três, quatro, 5 mil, queremos os militares protegendo o Brasil”, e “um, dois, três, Dilma no xadrez”. Já a Marcha Antifascista saiu da Praça da Sé e se dirigiu até o prédio onde funcionou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do 2º Exército (DOI-Codi), na Luz.

Confronto no Rio de Janeiro

Um grupo estimado em 150 pessoas pela Polícia Militar participava da tentativa de reeditar a Marcha da Família com Deus Pela Liberdade, no Rio de Janeiro, quando cerca de 50 militantes de movimentos sociais se aproximaram aos gritos de “cadeia, já, para os fascistas do regime militar”. Os defensores da intervenção militar responderam aos gritos de “fora, comunistas,” e “terroristas”, e o clima ficou tenso.

A polícia fez um cordão de isolamento para impedir que os dois grupos se confrontassem, mas um homem que participava da Marcha da Família conseguiu furar o bloqueio, passando por cima de uma das saídas de ar próximas ao Panteão e ao monumento de Duque de Caxias e avançou contra os representantes dos movimentos sociais. Depois de agredir um manifestante, ele foi atingido com o cabo de uma bandeira, e os policiais dispersaram o protesto contra a intervenção, usando balas de borracha e cassetetes. Os manifestantes correram para a Central do Brasil, onde parte do comércio fechou as portas.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) compareceu à Marcha da Família, mas não se posicionou a favor do pedido de intervenção militar, por entender que isso descaracteriza o movimento. “Estou aqui como um patriota”, disse Bolsonaro.

No RJ, marcha contou com cerca de 150 pessoas | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
No RJ, marcha contou com cerca de 150 pessoas | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Na capital carioca, também aconteceu a Marcha Anti-Fascista |Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Na capital carioca, também aconteceu a Marcha Anti-Fascista |Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Deputado Jair Bolsonaro (PP) participou da Marcha da Família | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Deputado Jair Bolsonaro (PP) participou da Marcha da Família | Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

 

 

Com informações da Agência Brasil e do Brasil 247.


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