

Da Redação
A Justiça da Bahia ordenou nesta sexta-feira (2) a prisão do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de operar o esquema do mensalão, e mais três pessoas. Eles estariam envolvidos em grilagem de terra no Estado.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que Valério foi preso em Belo Horizonte, além de três ex-sócios das agências de publicidade envolvidas no esquema do mensalão. São eles: Margareth Freitas e Francisco Castilho (ex-sócios na DNA e SMPB) e Ramon Hollerbach (ex-SMPB).
Conforme o promotor da Bahia Carlos André Milton Pereira, a investigação apura crimes que envolvem títulos falsos de terras e grilagem. Ele acrescentou que a operação quer acabar com uma indústria de fornecimento desses títulos. De posse deles os usuários do esquema os davam como garantia em dívidas.
As investigação do mensalão apontaram que Valério teria utilizado esse esquema para adquirir títulos falsos em cartórios do sul da Bahia. Eles eram a garantia para cobrir dívidas que as agências de publicidade DNA e SMPB tinham com o INSS.
Pereira afirma ainda que cartórios e funcionários públicos estão sendo investigados nessa operação, que conta com cerca de 20 mandados de prisão pela Polícia Civil na Bahia, em Minas Gerais e São Paulo.
Após a prisão, eles foram apresentados à imprensa da capital mineira e seguiram para o IML (Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo delito. Depois, seguem para a Bahia com a equipe de policiais que foi até o Estado prendê-los.
O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, falou que as prisões são irregulares, mas que ele “não teve tempo hábil” de impedi-las. Segundo ele, os fatos, que teriam ocorrido entre 2003 e 2004, já teriam prescrito. Por esse motivo ele classifica as prisões como arbitrárias.
O advogado de Marcos Valério também falou que seu cliente está ‘absolutamente surpreendido’ com a prisão. “Se houve alguma irregularidade, não foi praticada por eles, mas pode ter sido por ter sido praticada por alguém na própria Bahia”, afirmou.
Com informações de O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo