Da Redação
Quatro pessoas foram presas por envolvimento no esquema, considerado o maior golpe já aplicado por particulares contra a Prefeitura de São Paulo e que já durava pelo menos 17 anos. O rombo causado pela quadrilha que forjava o pagamento de taxas para construção de prédios em São Paulo já passa dos R$ 50 milhões e pode chegar aos R$ 100 milhões, segundo a Corregedoria-Geral do Município.
Os corregedores constataram que pelo menos quatro construtoras, Marcanni, Zabo, Porte e Onoda, apresentaram à Prefeitura guias com autenticação bancária falsa para obter o aval para levantar edifícios acima do gabarito permitido na cidade – a chamada outorga onerosa. A investigação começou em junho, com denúncia da vice-prefeita Alda Marco Antônio.
Nesta sexta-feira (26), a Polícia Civil prendeu quatro envolvidos no esquema. Eles são acusados de fazer parte de uma quadrilha que pode ter mais de 20 integrantes.
Pelo sistema, quando uma construtora quer levantar um prédio de área maior que a permitida na região, solicita autorização e paga à Prefeitura, por meio de guia. O valor vai para o Fundo Municipal de Urbanização. As guias do esquema sempre foram levadas à Prefeitura, e aceitas, com a autenticação do pagamento em bancos “fantasmas” – o dinheiro nunca chegou. A Prefeitura não sabe explicar como a fraude não foi percebida antes.
Com informações de O Estado de S. Paulo