
O Conselho Universitário da UFRGS aprovou, na manhã desta sexta-feira (24), a paridade na consulta para escolha de reitor/a da universidade. A decisão aprovada foi elaborada por Comissão Especial do conselho. O parecer apontou que, a partir das próximas eleições para a reitora, a UFRGS realizará uma consulta de caráter “informal” junto à comunidade universitária, onde os votos de estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos terá o mesmo peso. Esse formato é usado amplamente por outras universidades federais do país. Na UFRGS, antes da decisão de hoje, o peso do voto dos professores era de 70% e, dos demais segmentos, 15% cada.
Ficou definido que o processo de consulta à comunidade universitária será organizado e realizado por uma Comissão de Consulta Paritária Externa ao Consun. Caberá ao conselho elaborar, através de Comissão de Assento Eleitoral ou de Comissão Especial específica, as diretrizes da Consulta à Comunidade Universitária.
Na avaliação de Tamyres Filgueira, coordenadora-geral da ASSUFRGS Sindicato e representante dos técnicos no Consun, a paridade significa um avanço democrático. “A paridade é uma vitória histórica, pois corrige uma injustiça antidemocrática que se manteve por muitos anos. Nossa luta e mobilização conseguiu arrancar essa vitória por mais democracia na UFRGS.” Do lado de fora, sindicatos e movimento estudantil realizaram uma vigília, onde manifestaram seu apoio pela paridade na consulta para reitor.
Após debate entre os conselheiros, o mérito do parecer foi aprovado por 66 votos a favor e 4 abstenções. Os destaques foram apontados, sendo o debate concentrado na fórmula do cálculo da paridade, se levaria em consideração apenas os votos válidos ou se teria algum redutor dependendo do tamanho de cada segmento. Por 48 votos a favor, 11 contrários e 2 abstenções foi aprovado o cálculo originalmente proposto pela Comissão Especial. Ou seja, sem redutores para nenhum segmento.