Educação
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9 de março de 2022
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16:35

UFRGS recebe carta que reivindica construção de Casa do Estudante Indígena

Por
Sul 21
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Reitora em exercício, professora Patricia Pranke recebeu a carta com a reivindicação dos indígenas | Foto: Divulgação/UFRGS
Reitora em exercício, professora Patricia Pranke recebeu a carta com a reivindicação dos indígenas | Foto: Divulgação/UFRGS

A reitora em exercício da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Patricia Pranke, recebeu nesta quarta-feira (9), de representantes dos estudantes indígenas da universidade e lideranças indígenas, uma carta de reivindicações.

Na Carta de Reivindicação da Retomada dos Estudantes Indígenas aos Gestores da UFRGS, eles cobram da universidade a criação da Casa do Estudante Indígena, que seria uma moradia estudantil diferenciada da Casa do Estudante Universitário (CEU).

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A UFRGS se comprometeu a formar uma comissão específica para analisar a situação. Um primeiro encaminhamento do encontro foi o agendamento para as 15h desta quinta-feira (10) de uma reunião de trabalho da qual participarão representantes dos estudantes, da Pró-Reitoria de Graduação, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e da Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas (CAF) e Pranke, que é vice-reitora e ocupa interinamente o cargo de reitora.

A insatisfação com a falta de uma moradia específica motivou estudantes indígenas a ocuparem, no último domingo (10), um prédio abandonado da Prefeitura de Porto Alegre próximo à UFRGS. Uma das principais reclamações dos estudantes é que as atuais moradias da CEU não são adequadas para os estudantes indígenas, especialmente para as mães, que oficialmente não podem ficar em apartamentos com seus filhos. Eles também dizem que convivem com preconceitos e com a dificuldade de assimilação de suas práticas culturais pelos demais colegas de moradia estudantil.

Pela Universidade, além da vice-reitora, participaram do recebimento da carta Alan Alves de Brito e Tamyres Filgueira, pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Africanos (NEAB); Magali Menezes, pela Faculdade de Educação; Bárbara Miszewski da Roza e Fernanda Nogueira, pela CAF; e Rodrigo Ciconet Dorneles, da área de saúde indígena da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura Municipal de Porto Alegre (SMS/PMPA).


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