Educação
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21 de novembro de 2021
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09:14

Enem começa a ser aplicado hoje em 1,7 mil cidades do Brasil

Por
Sul 21
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Enem 2021 começa neste domingo. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Enem 2021 começa neste domingo. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 começa a ser aplicado neste domingo (21) em todo o país nas modalidades impressa e digital. Tanto as provas quanto o tema da redação serão iguais nas duas versões. Ao todo, 3,1 milhões de candidatos devem fazer o exame em mais 1,7 mil municípios.

No primeiro dia do Enem, os candidatos responderão a questões objetivas de linguagens e ciências humanas, além de fazer a única prova subjetiva da avaliação, a redação. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. Não é permitido entrar após o fechamento dos portões. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e terminam às 19h. O horário é o de Brasília.

Assim como a edição de 2020, o Enem 2021 terá regras especiais por conta da pandemia. O uso de máscara facial será obrigatório nos locais de aplicação. Participantes que estejam com covid-19 ou com outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer ao exame e podem solicitar a reaplicação. O descumprimento das regras poderá levar à eliminação do candidato.

Além da máscara de proteção facial, é obrigatório levar documento de identificação original, com foto. Não são aceitos documentos digitais. Entre as identificações aceitas estão a Carteira de Identidade, a CNH, o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997.

Outro item obrigatório é a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. Ela é necessária para preencher o cartão de respostas no Enem impresso e para escrever a redação tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. É recomendado ainda que os participantes levem lanche e água, já que a prova tem uma duração longa.

É recomendado ainda que se leve o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante.

Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, também, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.

O Enem segue no próximo domingo (28), quando os candidatos farão as provas de matemática e ciências da natureza.

O exame seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar gratuitamente o Questões Enem, um banco que reúne as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.

As provas deste ano acontecem depois de polêmicas protagonizadas pelo governo de Jair Bolsonaro.

No último dia 8, houve um desligamento em série de 37 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) após pedido de exoneração do coordenador-geral de exames para certificação, Eduardo Carvalho Sousa, e do coordenador-geral de logística da aplicação, Hélio Junior Rocha Morais.

Servidores do órgão responsável pelo exame afirmaram em reportagem ao Fantástico que sofreram pressão psicológica e vigilância velada na formulação do Enem 2021 para que evitassem escolher questões polêmicas que eventualmente incomodariam o governo Bolsonaro.

Segundo eles, houve tentativas de interferência no conteúdo das provas, situações de intimidação e despreparo do presidente do órgão, Danilo Dupas.

Já na última segunda-feira (15), em viagem a Dubai, Bolsonaro sinalizou interferência no Enem. Segundo ele, as questões começam “a ter agora a cara do governo”.

“O que eu considero muito bom também: começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem”, disse. “Ninguém precisa ficar preocupado. Aquelas questões absurdas do passado, que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente, algo voltado para o aprendizado.”

Bolsonaro se refere a questões políticas e voltadas ao pensamento crítico o que, de acordo com o seu governo, teriam “cunho ideológico”.

Na sexta-feira (19), reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo revelou que o presidente de fato pediu ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que a prova do Enem se referisse ao golpe militar de 1964 como revolução.

*Com informações da Agência Brasil e da Revista Fórum


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