
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,16% no mês passado. Assim a inflação oficial em setembro é maior do ano e a mais alta para o mês desde 1994, no início do Plano Real. Agora, o indicador oficial de inflação no país soma 6,90% no ano – mais do que em todo o ano de 2020 – e em 12 meses rompe a marca de dois dígitos, chegando a 10,25%, marca superada em algumas regiões, segundo os dados do IBGE divulgados nesta sexta (8). Já o INPC anual se aproxima dos 11%. Oito dos nove grupos pesquisados alta no mês passado. Mais uma vez, o instituto destaca os aumentos da tarifa de energia elétrica e do preço dos combustíveis, entre outros itens. Como gás encanado e de botijão.
Apenas a energia acumula alta de 28,82% em 12 meses. “A falta de chuvas tem prejudicado os reservatórios das usinas hidrelétricas, que são a principal fonte de energia elétrica no país. Com isso, foi necessário acionar as termelétricas, que têm um custo maior de geração de energia”, comenta o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Entre as áreas pesquisadas, o maior índice de inflação em setembro foi apurado no município de Rio Branco (1,56%) e o menor, em Brasília (0,79%). Na região metropolitana de São Paulo, 1,01%. Em 12 meses, o IPCA varia de 8,74% (Grande Rio de Janeiro) a 13,01% (Grande Curitiba), atingindo 9,73% em São Paulo. Também atinge dois dígitos em Recife (10%), Goiânia (10,29%), Belo Horizonte (10,30%), Fortaleza (11,19%), Campo Grande (11,25%), São Luís (11,27%), Porto Alegre (11,35%), Vitória (11,52%) e Rio Branco (12,37%).
Desde julho, o IBGE iniciou, de forma gradual, a coleta presencial de preços. Desde março do ano passado, o serviço vinha sendo feito via internet, por telefone ou e-mail, devido à pandemia.
Referência de inflação oficial em negociações salariais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 1,20%, também no maior resultado para setembro desde 1994. Está acumulado em 7,21% no ano e em 10,78% nos últimos 12 meses.
De acordo com o IBGE, produtos alimentícios subiram 0,94% no mês passado. Os não alimentícios tiveram alta de 1,28%.
Variações em 12 meses (IPCA)
- Gasolina 39,60%
- Gás de botijão 34,67%
- Etanol 64,77%
- Passagem aérea 56,81%
- Café moído 28,54%
- Tomate 24,32%
- Frango 28,78%
- Carnes 24,84%