Até o dia 20 de dezembro, Porto Alegre terá quatro novos murais em grande escala pintados na lateral de prédios do Centro Histórico e Cidade Baixa. O festival Olhe pra Cima, que teve início em 2021, começou as intervenções artísticas da terceira edição em novembro deste ano. Um percurso guiado pelos murais está marcado para este sábado (7), às 9h30, saindo da Casa de Cultura Mário Quintana e percorrendo aproximadamente 5 km. Os ingressos, gratuitos, podem ser retirados pelo Sympla.
Para esta edição, o projeto convidou os artistas Pamela Zorn, Cacau Weimer, Tiago Berao e Xadalu Tupã Jekupé que transformarão as fachadas de prédios nas ruas dos Andradas, Jerônimo Coelho e Coronel Genuíno em telas. Cada mural leva em torno de 20 dias para ser pintado, dependendo de questões como clima e complexidade de cada desenho. Serão mais de 1.200 litros de tintas e vernizes utilizados e 60 profissionais estão envolvidos no projeto, entre artistas, assistentes, produtores, técnicos, engenheiros e bombeiros.
Para o criador e curador do Olhe pra Cima, Vinicius Amorim, os murais ressignificam a maneira como nos relacionamos com a cidade e com a arte. “Nosso convite é fazer com que a gente olhe pra cima e descubra ângulos novos da nossa cidade, que se transformou em uma galeria de arte a céu aberto – com arte pública, democrática e acessível para todos”, afirma.
Assim como em anos anteriores, o projeto terá uma ação social: uma intervenção artística coletiva, em parceria com o Coletivo Abrigo, uma organização de educação, cultura, esporte e assistência social fundada em 2015. Será no Sarandi, um dos bairros mais atingidos pela enchente de maio.
Para a ação, o Festival selecionará 10 artistas que podem se inscrever através de convocatória no site do evento. Os selecionados receberão um cachê de R$ 1,2 mil e desenvolverão uma obra conjunta que integrará o tour.
As inscrições para a convocatória encerram em 8 de dezembro e os artistas selecionados serão divulgados em 14 de dezembro.
O Coletivo Abrigo foi o idealizador do projeto Viva Elizabeth: Diálogos que transformam a vila, uma rota turística de graffiti localizada na periferia de Porto Alegre. Com quase 2km de extensão, essa iniciativa reúne a expressão artística de 36 artistas, transformando a comunidade em uma vibrante galeria de arte a céu aberto. Além de estimular o turismo periférico, o projeto busca descentralizar os investimentos em cultura, impulsionar a economia local e celebrar a identidade cultural única da região.
