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19 de agosto de 2010
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12:37

Internacional é bi da Libertadores

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br

Milton Ribeiro

O Internacional venceu o Chivas Guadalajara por 3 x 2 e conquistou pela segunda vez a Libertadores da América. A primeira vez fora em 2006. O clube chegou à final aos trancos e barrancos, perdendo jogos nas oitavas (Banfield), quartas (Estudiantes) e semifinais (São Paulo), mas sempre sendo beneficiado por vitórias obtidas no Beira-Rio e placares onde o saldo qualificado lhe dava a classificação. A disputa mais tranquila foi a final, mas mesmo assim houve emoção no Beira-Rio.

Tendo vencido o jogo de ida no México por 2 x 1, ao Inter bastaria empatar a partida para sagrar-se campeão. E o confronto começou já na execução dos hinos. Após o hino do México, o meio-de-campo Bautista, do Chivas, resolveu ignorar o análogo brasileiro, partindo solitariamente para um aquecimento final. O fato irritou a torcida e chamou a atenção dos colorados. Era a senha. Logo depois, o que se viu foi um Chivas cometendo muitas faltas – levou quatro cartões amarelos contra nenhum do Inter – e paradoxalmente procurando ganhar tempo, como se estivesse em vantagem. A estratégia parece ter anestesiado os gaúchos – time e torcida –, que fizeram não apenas um péssimo primeiro tempo, como levaram um belíssimo gol de Fabián, aos 42 minutos. Chivas 1 a 0.

A segunda etapa começou após considerável atraso dos mexicanos, que apostavam firme em perturbar o adversário. Mas agora o Inter parecia ter levantado com maior ânimo da mesa de cirurgia. O gol de empate ainda demorou 16 minutos. Kléber fez um cruzamento preciso da esquerda e Rafael Sobis chegou antes do goleiro Michel para desviar para as redes; na jogada, o atacante colorado caiu de mau jeito e machucou o ombro direito.

Era do que o Inter precisava para voltar ao bom futebol. Depois do empate, Giuliano entrou no lugar de Taison e Leandro Damião no de Rafael Sóbis, o que ampliou o domínio colorado. Foi Damião quem marcou o segundo gol do Inter aos 30 minutos: ele escapou pelo meio dando uma meia lua em Reynoso, arrancou em direção ao gol e bateu forte. A bola ainda tocou na mão de Michel.

O Beira-Rio era uma festa quando Giuliano repetiu o que fez durante toda a Libertadores. Com categoria e calma de veterano, o meia recebeu na entrada da área, passou entre dois marcadores e deu um lindo toque por cobertura na saída de Michel. Mais um golaço do artilheiro do Inter na competição.

Já nos acréscimos, após cobrança de falta de Bautista, Omar Bravo aproveitou rebote (a bola bateu no poste) para chutar para o gol vazio e descontar. O apito final de Oscar Ruiz, porém, veio na sequência, sacramentando a conquista do Inter. Nos minutos finais, houve cenas de pancadaria entre jogadores das duas equipes, mas logo a confusão terminou e deu lugar à comemoração. Parece-nos que tudo começou com a agressão de um torcedor a um jogador do Chivas, o que pode acarretar punições ao Bicampeão da América.

O Inter soube usar o regulamento e, mais, soube fazer a reformulação necessária quando viu que estava mal no Campeonato. O acerto na substituição de Jorge Fossati por Celso Roth e a agilidade em trazer Tinga, Sóbis e Renan, foram fatores decisivos neste título que, desta forma, teve tanto a intervenção dos jogadores como do dedo da diretoria.

Internacional 3 x 2 Chivas Guadalajara

Internacional: Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro e Guiñazu; D’Alessandro, Tinga (Wilson Matias) e Taison (Giuliano); Rafael Sobis (Leandro Damião). Técnico: Celso Roth

Chivas Guadalajara: Michel; Magallón, Reynoso, De Luna e Ponce (Escalante); Báez (Vázquez) e Araujo; Fabián, Bautista e Arellano; Omar Bravo. Técnico: José Luis Real

Cartões amarelos
Internacional: Bolívar
Chivas Guadalajara: De Luna, Fabián, Bautista e Omar Bravo

Cartão vermelho
Chivas Guadalajara: Arellano

Gols: Internacional: Rafael Sobis, aos 16min, Leandro Damião, aos 30min, e Giuliano, aos 45min do 2º tempo / Chivas Guadalajara: Fabián, aos 42min do 1º tempo, e Omar Bravo, aos 47min do 2º tempo.


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