Movimentos|z_Areazero
|
30 de maio de 2018
|
12:35

Brigada lança bombas de gás para impedir acesso de manifestantes à Refap

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Brigada lança bombas de gás para impedir acesso de manifestantes à Refap
Brigada lança bombas de gás para impedir acesso de manifestantes à Refap
manifestantes em caminhada em direção à Refap | Foto: Reprodução/Twitter

Giovana Fleck

Anunciada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve dos petroleiros teve início nessa quarta-feira (30). Na Região Metropolitana de Porto Alegre, manifestantes se reuniram nas proximidades da Refinaria Alberto Pasqualine (Refap), em Canoas, para ocupar o local e realizar um ato em apoio à entidade. No entanto, segundo a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT – RS), um esquadrão do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar se posicionou em frente à entrada do local para barrar o acesso.

Com a aproximação do grupo, a Brigada lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. De acordo com a CUT, ninguém foi atingido ou ferido – as pessoas na linha de frente teriam conseguido desviar das bombas.

A partir disso, foi iniciada uma negociação entre os brigadianos, sob comando do tenente-coronel à frente do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Porto Alegre, Oto Eduardo Amorim, e os manifestantes presentes.

A liberação foi concedida pouco depois. Assim, falas começaram a ser feitas no chamado ‘Ato pela soberania’, em apoio aos petroleiros. “Essa greve coloca a pauta: a Petrobras vai continuar seguindo a política de Pedro Parente e garantir nosso petróleo para outros países ou vamos regular os preços com políticas internas?”, questionou o presidente da CUT, Claudir Nespolo, presente no ato.

Nespolo acrescenta que a sucessão entre a greve dos caminhoneiros e a greve dos petroleiros reflete o momento de indefinição na política. “A greve dos caminhoneiros está em um momento muito estranho, onde se defende a volta da ditadura militar – que é algo que nunca apoiaríamos. Estamos orientando eles a se somarem na defesa da Petrobras, já que o problema não é só a redução dos impostos sobre o diesel.”

Segundo a CUT, participam do ato: o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), o Sindicato dos Bancários (SindBancários), o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS),  o Sindicato dos Técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assurgs); além de categorias como metalúrgicos, sapateiros e prestadores de serviço vinculados à indústria da alimentação.

O ato deverá seguir durante o dia. Após o fim das falas, a continuidade da mobilização será organizada pelos presentes.


Leia também