

Da Redação
Depois da coletiva convocada pela Prefeitura de Porto Alegre, para anunciar o parcelamento de salários de servidores, o Sindicato dos Municipários (Simpa) entrou com agravo no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) e no Ministério Público, comunicando um eventual crime do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) e pedindo multa pelo descumprimento da liminar que impedia o parcelamento.
O anúncio da Prefeitura foi feito na tarde desta quarta-feira (28), em coletiva. O secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, anunciou que o parcelamento de salários acima de R$ 10,6 mil. A primeira parcela seria paga no dia 30 de junho, o restante quitado até 04 de julho. Segundo Busatto, a decisão não atingiria servidores da Carris, Procempa, EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) e DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto).
A nota do Simpa afirma que “pelos valores apresentados, decisão é política e não financeira”. “De acordo com o Portal da Transparência, a situação financeira da Prefeitura está superavitária. A decisão do prefeito Marchezan Jr. é política e não é justificada pela demonstração contábil. A Prefeitura arrecadou R$ 2.839.852.768,30 até o dia 28 de junho, e pagou em contas R$ 2.362.140.934,49, restando em caixa R$ 477.711833,81 (até hoje, 28/6)”.
O sindicato estima que 1,6 mil trabalhadores sejam atingidos pela medida, num montante que ficaria abaixo de 5% da folha de pagamento. “Marchezan entra para a história da administração da cidade como o primeiro prefeito a parcelar salários sem necessidade. Adota a medida para justificar o terrorismo praticado cotidianamente, desde o início do seu governo, contra os trabalhadores do município”.