
Gregório Mascarenhas
Servidores da Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) participaram de um ato conjunto de agentes da segurança diante do Palácio da Polícia, em Porto Alegre, para marcar o dia de Greve Geral convocado para esta sexta-feira (30) pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência em tramitação no Congresso Nacional.
Presidente da Ugeirm, sindicato que representa agentes da Civil, Isaac Ortiz afirmou que o objetivo do ato é protestar contra o que chamou de “atentado contra o povo brasileiro”. “O objetivo é marcar o dia de protesto contra essas reformas trabalhista e da Previdência que vão destruir o trabalhador brasileiro, destruir o povo brasileiro, destruir a indústria, o comércio. As pessoas não se dão conta de quão nefasta é essa reforma”, disse Ortiz, acrescentando ainda que as reformas se tornam inaceitáveis vindas de um governo ao qual considera “ilegítimo” e de um presidente processado pelo crime de corrupção passiva. “Isso é uma vergonha. Um governo desses não tem condições de fazer uma reforma dessa envergadura”.
Isaac Ortiz, policial civil e presidente da UGEIRM, no protesto dos trabalhadores da segurança, falou sobre as razões do manifesto. pic.twitter.com/tGipqaex2Z
— Sul21aovivo (@sul21aovivo) 30 de junho de 2017
Presidente do Sindicato dos Policiais Federais do RS (SINPEF/RS), Ubiratan Sanderson, acrescentou que as forças de segurança têm preocupação com os efeitos das medidas do governo Temer. Nesta semana, a PF cancelou a emissão de passaportes por falta de recursos. Sanderson salienta que, além disso, a redução de recursos tem impacto nas investigações de corrupção. “O governo quer alijar com cortes de recursos a PF, o MPF e outros setores imbuídos no combate à corrupção. Nós estamos prontos para quando precisar ir para a rua para dizer não para os ataques criminosos do governo Temer e de seu bando de parlamentares”, disse.


