
Da Redação
Militantes de movimentos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) se reuniram na tarde deste domingo (3) no Parque da Redenção, em Porto Alegre, para se manifestar a favor da democracia e contra o golpe. A convocatória foi assinada por 13 entidades, as quais pretendem ainda voltar a se reunir para continuar articulando movimentos dessa população.
Os ativistas também expuseram sua preocupação e repúdio com o aumento de poder do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que assumidamente não reconhece famílias formadas por casais homossexuais, e com figuras conservadoras como Jair Bolsonaro, que podem estar ganhando adeptos por parte do crescimento do conservadorismo. “Temos que ocupar os espaços e demarcar nossa posição para defender que esse governo fique no poder até 2018 e tentar evitar o crescimento de como Bolsonaro, que infelizmente estimulam esse ódio contra a diversidade, contra LGBTs, mulheres, índios, negros”, explicou Thiago Fiorino, da Outra Visão.
Ele destacou a importância das pessoas LGBTs se expressarem e falarem por si mesmas, ao invés de apenas serem representadas por outros militantes. “Nós temos que nos unir e criar essa força política para tentar falar sobre nós, vemos outros falando sobre nós. Sentimos essa necessidade. Falamos tanto em direitos humanos, manter a democracia, mas nós também sofremos muito nesse processo”, apontou, mencionando que a violência LGBTfóbica aumentaria ainda mais em caso de rompimento democrático.

A vereadora Sofia Cavedon (PT), que apóia a causa, considerou o ato “emblemático para o movimento de reação e defesa pela democracia”. “Estão reunidas aqui entidades e pessoas que lutam pela radicalização da democracia no sentido de sua vida pessoal. Isso é expresso na luta pela liberdade sexual, liberdade de casamento, ruptura com o machismo”, destacou.
A ideia das entidades é construir um comitê ou uma frente pela democracia e participar de um cortejo organizado por setores da cultura no próximo dia 10.
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