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27 de abril de 2017
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18:29

Empresas de ônibus ameaçam descontar folha de funcionários que aderirem à greve

Por
Sul 21
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Empresas de ônibus ameaçam descontar folha de funcionários que aderirem à greve
Empresas de ônibus ameaçam descontar folha de funcionários que aderirem à greve
Empresas alegam que não foram notificadas de paralisação, o que iria contra determinação da lei | Foto: Alina Souza/Sul21

Da Redação

A Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) anunciou nesta quinta-feira (27) que as empresas de transporte público decidiram descontar o pagamento de funcionários que aderirem à greve geral de amanhã. Segundo nota divulgada pela assessoria do órgão, as empresas argumentam que “a paralisação desrespeita a Lei 7783/89 que define o transporte coletivo como serviço essencial”, que determina que transporte coletivo é serviço mínimo e indispensável à comunidade.

As empresas também alegam não terem sido notificadas sobre a paralisação, como determina a lei, tendo tomado conhecimento apenas por declarações feitas pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários à imprensa. O presidente da ATP, Gustavo Simionovschi, afirmou ainda que a greve prejudica as empresas que “estão em situação financeira difícil” e a população.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Adair Silva, explica que a greve não foi notificada às empresas, Brigada Militar e Ministério Público, como determina a lei, porque ela não é uma iniciativa do sindicato. “É um movimento de centrais de todo o Brasil. O sindicato é uma categoria apenas e estaremos orientando os trabalhadores para que fiquem dentro das garagens, para evitar represálias”, diz ele. Segundo Adair, as centrais é que estarão organizando piquetes que podem impedir a saída dos ônibus.

O sindicalista afirma ainda que se a empresa quiser que funcionários deixem as garagens, devem garantir segurança. “Se eles fizerem os descontos, no outro dia eu levo ao Ministério Público do Trabalho, porque não é um movimento do sindicato, mas sim das centrais”, frisa.


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