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18 de julho de 2015
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13:09

Após morte de policial, agentes fazem ‘sirenaço’ e protestam em frente ao Piratini

Por
Sul 21
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Após morte de policial, agentes fazem ‘sirenaço’ e protestam em frente ao Piratini
Após morte de policial, agentes fazem ‘sirenaço’ e protestam em frente ao Piratini
Manifestação acabou em frente ao Piratini Foto: Rubem Rocha
Manifestação acabou em frente ao Piratini Foto: Rubem Rocha

Da Redação*

Dezenas de carros da Polícia Civil do Estado fizeram um “sirenaço” pelas ruas da Capital gaúcha, nesta sexta-feira (17) à tarde. A manifestação culminou com protesto em frente ao Palácio Piratini e ocorreu devido ao assassinato de um policial civil na tarde de quinta-feira (16), no município de Alvorada (RS). Em nota à imprensa assinada pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm), a entidade afirma que “a política assassina do governo Sartori acaba de fazer mais uma vítima” e que “não vamos nos calar”.

No protesto em frente ao Piratini, o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz disse que os policiais civis querem retornar para casa e não para o Instituto Médico Legal (IML). Ele deixou um recado ao governador: “Voltaremos dia 18 de agosto, com muito mais policiais pra exigir mais segurança pra população e pra categoria. Se não nos receber, vamos entrar (no Palácio Piratini) para conversar. Estamos indignados com esta situação!”

Durante a tarde desta sexta-feira (17) e antes do funeral, todas as delegacias de Polícia do Estado paralisaram as atividades por uma hora. Além disso, também, houve uma manifestação em frente ao Palácio da Polícia na Capital, como forma de protestar pela morte do policial civil da Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada (DPPA), Valdecir Machado, assassinado enquanto dava ordem de prisão a um detento que conseguiu fugir daquela DPPA, no bairro Intersul. De acordo com o Ugeirm, por falta de efetivo na DDPA, Waldecir exercia o trabalho sozinho.

Ao comentar sobre a onda de violência que atinge o Rio Grande do Sul, o presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, deputado Nelsinho Metalúrgico (PT) disse que “é evidente que isso tem a ver com a decisão política do governo Sartori em cortar recursos na Segurança e ao não viabilizar a contratação de novos servidores para a Polícia Civil e para a Brigada Militar”. De acordo com o parlamentar, diariamente, “vemos a crescente escalada da violência e das taxas de homicídios”. Ele acredita que no recuo do poder público a tendência é a criminalidade avançar. “É o que vem acontecendo, infelizmente, no RS. Isso é muito preocupante”, lamenta Nelsinho.

Outro diretor da Ugeirm, Cládio Wohlfarhrt afirma que não é por acaso que policiais estão buscando o direito da aposentadoria, que delegacias estão cada vez mais vazias. Ele informa que existem 650 policiais civis aptos a ingressar e mais 2.500 na Brigada Militar, aprovados no último concurso. Comenta que, “quando o governo diz, oficialmente, que não haverá investimentos em Segurança, aposta no crime”.

*Com informações do PT Sul

 


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