Em tom conciliador e com promessas para o segundo mandato, Sebastião Melo (MDB) celebrou a vitória no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Porto Alegre em coletiva de imprensa no Hotel Embaixador, no centro da Capital, no início da noite deste domingo (27). Melo recebeu 61,53% dos votos válidos contra 38,47% de Maria do Rosário (PT). “Para nós, não tem terceiro turno. Vamos unir a cidade”, afirmou o prefeito reeleito.
Ao falar sobre aquilo que pretende fazer no segundo mandato, Melo se referiu ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), no qual Porto Alegre decaiu na última avaliação, dizendo que irá trabalhar por um avanço da Capital. Prometeu zerar as filas por vagas na educação infantil, um problema que muitas vezes foi debatido ao longo da campanha, e enviar à Câmara de Vereadores um projeto para a concessão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) à iniciativa privada. Também fez promessas de melhoria na gestão de resíduos da Capital.
Melo anunciou ainda a criação do escritório de transição, que deve começar a funcionar já nos próximos dias e que contará com nomes de fora do governo e até mesmo de fora do Estado, com o objetivo de apontar caminhos para “melhorar o que está indo bem, consertar o que não deu certo e fazer o que não foi feito”, segundo o prefeito.
Disse que foi uma campanha dura, mas respeitosa, em referência a disputas em outras capitais. Ainda assim, na avaliação dele, houve a tentativa de crucificá-lo pela enchente, mas, para Melo, o eleitor julgou não só a atuação do prefeito durante a enchente, mas também durante os quatro anos de governo. “O projeto vencedor foi aquele que tira do cangote de quem trabalha e produz”, disse ao defender sua campanha.
Em diversos momentos, Melo disse que o próximo governo será diferente. “Não será o mesmo. Vamos receber sugestões de fora para fazer um governo muito melhor do que estamos terminando”. Com relação ao sistema de proteção contra enchentes, destacou que muitas obras dependem do governo do Estado e da União, mas prometeu que aquilo que cabe à Prefeitura será prioridade e observou a necessidade de um projeto “futurista” para a proteção da cidade do Cristal ao Lami.
Por fim, Melo afirmou que a única coisa que o indignou durante a campanha foram as tentativas de ligar seu nome dele à corrupção. “Eleição é um debate de ideias”, ressaltou ao manifestar sua insatisfação.
