
Foi mais uma derrota, algo que tem sido rotineiro na vida do Inter nos últimos meses, mas no fim da partida o rosto dos jogadores era claramente de alívio – enquanto os santistas saíam quase cabisbaixos.
Não apenas deles. O técnico Celso Roth entrou no gramado da Vila Belmiro e fez questão de cumprimentar todos os jogadores.
E por quê? Porque o Inter, mesmo jogando com um time todo modificado e com as atenções voltadas para o confronto com o Figueirense, no sábado, perdeu por apenas 2 a 1 – o que significa que vitória de 1 a 0 no Beira-Rio, dia 19 de outubro, garante a classificação na Copa do Brasil.
Além disso, apesar de jogar fechado, bloqueando o Santos, o Inter teve chances de marcar no primeiro tempo. Aos três minutos, Nico López ganhou na corrida do zagueiro, driblou e bateu. A bola passou perto. Aos 18, Valdívia dominou perto da meia-lua da área, driblou e tocou em curva. Mais uma vez, o erro foi por pouco.
O Santos dominou amplamente, trocou passes à vontade liderado pelo talentoso Lucas Lima, mas teve apenas uma boa chance, um chute do próprio Lucas que Danilo defendeu. Ou seja: o esquema proposto por Roth, bem fechado no meio, deu resultado.
Além disso, o ataque teve Nico López, que a torcida esperava ver no time, e o meio-campo contou com Seijas, outro que Roth colocou na reserva. O atacante fez pouco: isolado no ataque, foi bem marcado e não teve chances. Seijas, não: ele se movimentou, mesmo sentindo dores na perna por causa do chamado tostão na coxa, e acabou sendo decisivo no pior momento do Inter na partida.
Na volta do intervalo, o Santos veio com a clara instrução de forçar a troca de passes em velocidade, utilizando-se de seus jogadores técnicos. Deu certo. Logo a três minutos, Lucas Lima tabelou pela esquerda, deu passe excepcional para Zeca, que cruzou rasteiro. Copete apenas levou o pé direito e desviou para a rede. Um a zero.
O Inter passou por um momento de perturbação. Já não conseguia marcar e sempre ficava longe da bola. Aos dez minutos, novo golpe: em sucessivas trocas de passes pela direita, Ferraz foi ao fundo e cruzou para Rodrigão completar. Dois a zero.
Em seguida, Roth trocou Marquinhos – com câimbras – por Vitinho. Aos 27, falta na esquerda: Vitinho bateu rasteiro e Seijas, no meio dos zagueiros, deu um toque de letra na bola, o suficiente para superar os marcadores e o goleiro Vanderlei. O gol do alívio e, pelo regulamento da Copa do Brasil, da diminuição do prejuízo.
A partir daí, o Inter fechou-se e o Santos, claramente cansado, reduziu seu ritmo.
Agora, tudo se volta para o jogo contra o Figueirense, que o próprio Seijas definiu, no fim da partida, como a Copa do Mundo do Inter.
JUVENTUDE
No mesmo horário da partida do Inter, o Juventude enfrentou o Atlético-MG no Independência e resistiu bem.
Perdeu por 1 a 0 e decide tudo em seu estádio, com esperança de reverter o resultado, surpreender mais um dos grandes da competição (o outro foi o São Paulo) e garantir classificação.
O gol da vitória do Atlético foi de Lucas Pratto.
Pela Sul-Americana, depois de empate em 0 a 0 no tempo normal, a Chapecoense eliminou o Independiente da Argentina na cobrança de pênaltis por 5 a 4. O goleiro Danilo foi o grande herói. Fez quatro defesas e garantiu a vitória.