
Em um jogo de cinco gols, de chances do primeiro ao último lance da partida e de muita velocidade, o Inter perdeu duplamente na tarde deste domingo, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis: levou 3 a 2 do Figueirense e termina a rodada sem a liderança, que passa a ser do Palmeiras pelo saldo de gols.
Foi um jogo aberto. O Inter sofreu o primeiro gol, empatou, viu o Figueirense reagir e abrir para 3 a 1, descontou e, aos 49 minutos, no fim dos acréscimos, por pouco o zagueiro Ernando, na posição de centroavante, não empatou.
O Inter começou em velocidade, pressionando o Figueirense. Logo aos cinco minutos, Vitinho recebeu lançamento de Alex, avançou livre pelo meio, mas concluiu errado. Tiago saiu bem e defendeu. Três minutos depois, o próprio Vitinho bateu falta, para fora.
Foi só. A partir daí, o Figueirense reagiu, passou a dominar o meio-campo e a buscar o ataque. Rafael Moura perdeu chance clara aos dez minutos. Aos 12, foi a vez de Lins, que um minuto depois forçou Danilo a grande defesa. Aos 19, outra vez Rafael Moura esteve perto de marcar, mas foi lento demais e permitiu o corte de Rodrigo Dourado.
Aos 27, um lance assustador: Rafael Moura acertou o lado direito da cabeça de seu companheiro, o zagueiro Eli Carlos, que teve convulsão e precisou ser atendido com urgência, inclusive com ajuda do médico do Inter. Foi levado ao hospital para exames.
Aos 44 minutos, Lins entrou na área, chocou-se com Ernando e caiu. O árbitro marcou pênalti. Pelas imagens, deu para ver que Lins forçou. Na cobrança, Bady bateu forte, no meio do gol, e fez 1 a 0.
O Inter voltou para o segundo tempo com Anderson em lugar de Alex. Argel queria mais movimentação no meio e chegada mais forte ao ataque.
O jogo continuou acelerado. Cada ataque de um era respondido com força pelo outro time. Aos dois minutos, por exemplo, Bady chutou para a fora. Na resposta, Dourado desviou de cabeça e quase marcou. Aos 10, Marquinhos perdeu chance para o Figueirense, e aos 16 foi a vez de Dourado, de novo.
Aos 18, Argel trocou Gustavo Ferrareis por Aylon.
Pouco depois, um lance típico do jogo: aos 20 minutos, o Figueirense quase marcou, quando Rafael Moura acertou a trave. Na resposta, o contra-ataque do Inter foi fatal: Ernando avançou pelo meio e, na frente da área do Figueirense, tocou para o lado direito, por onde entrava Vitinho. O chute foi forte, cruzado, no ângulo: 1 a 1.
Refeito do susto, o Figueirense voltou a atacar. Ferrugem completou com perigo aos 26 (Danilo desviou) e, aos 27, fez o segundo gol: no cruzamento da esquerda, Artur errou feio ao cabecear para dentro da área (poderia jogar para escanteio, estava livre). Ferrugem bateu de primeira e acertou o canto.
Aos 31, ao ver que o zagueiro Paulão não poderia continuar (ele sentiu a perna direita), Argel fez entrar Andrigo e recuou Dourado para a zaga. O Inter era todo ofensivo.
O Figueirense aproveitou. Aos 34, em contra-ataque rápido, Lins foi ao fundo, pela esquerda, e cruzou rasteiro para o meio da área, de onde Bady fez o terceiro.
O Inter começou a forçar.
Aos 37, Andrigo cruzou da linha de fundo (no lance, o Figueirense reclamou que a bola saiu, mas a imagem não deixa claro). Vitinho bateu de primeira e descontou.
Um minuto depois, Tiago defendeu bola chutada por Andrigo, no canto direito. Aos 46, Aylon perdeu uma chance inacreditável: o goleiro e o zagueiro do Figueirense se atrapalharam e a bola ficou livre para o centroavante. Aylon desviou, com a goleira aberta, e errou. Aos 49, no fim dos acréscimos, Ernando subiu e tocou de cabeça, como centroavante. A bola passou perto da trave esquerda.
O Inter volta ao Brasileirão na quinta-feira, outra vez longe do Beira-Rio: enfrenta o Coritiba, no Couto Pereira.