Esporte
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26 de junho de 2016
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22:15

Inter joga mal, erra demais e perde para o Botafogo

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Foto:Ricardo Duarte/Site Internacional
Foto:Ricardo Duarte/Site Internacional

Blog Mário Marcos

A chance dada pelo Palmeiras, ao perder para o Cruzeiro no sábado, foi desperdiçada pelo Inter no domingo. Em uma atuação ruim em quase todo o jogo, desorganizado, sem força ofensiva, o time foi surpreendido pelo Botafogo – que era um dos últimos colocados no Brasileirão -, e perdeu por 3 a 2, na tarde de 25.037 torcedores no Beira-Rio. Assim, segue em segundo lugar, com 20 pontos, a dois do líder Palmeiras.

Deu tudo errado no planejamento do técnico Argel.

Ele escalou Andrigo no lugar de Vitinho, tentou compensar com um meio-campo de muitos jogadores, mas não teve força ofensiva. Sasha, muito isolado, pouco fez, a não ser na segunda metade da fase final quando o time reagiu na base da disposição e da força. Para complicar ainda mais, não teve capacidade de controlar os rápidos contra-ataques do Botafogo.

E foi assim que o time carioca fez dois gols nos primeiros 15 minutos e ameaçou o Inter em vários momentos da partida, perdendo a chance até de ampliar. Neílton e Fernandes, por exemplo, perderam gols em lances em que estavam absolutamente sozinhos diante do goleiro Jackson.

Neílton fez 1 a 0 aos oito minutos. O Inter atacou, mas deixou a defesa exposta. O Botafogo atacou com três jogadores contra um, Neílton recebeu livre e completou bem. Um a zero.

Sasha perdeu uma chance aos 13. Aos 14, na mesma cobrança de escanteio, o Inter perdeu duas oportunidades, com Sasha e Anderson. Na resposta, mais uma vez em contra-ataque, o Botafogo ampliou, para surpresa e desespero da torcida: Camilo avançou livre, com opções para o passe nos dois lados, escolheu Neílton e a conclusão foi correta. Dois a zero.

O Inter, que já atuava mal, afundou. O time tentava atacar em velocidade, o Botafogo respondia com contra-ataques sempre perigosos.

A chance perdida por William aos 31 minutos foi respondida em seguida por Fernandes, que poderia ter ampliado. Para complicar, aos 42 minutos, Fabinho (foto) deu um carrinho forte em Neílton. Poderia ser amarelo, mas o árbitro mostrou cartão vermelho.

O Inter teria de tentar o empate ao menos com dez jogadores.

Na volta para o segundo tempo, Argel trocou Géferson por Alex e Andrigo por Marquinhos. Em seguida, Ferrareis por Bruno Baio, centroavante, alto, para buscar aproveitar os lances pelo alto.

Virou um jogo de muita correria, força, disposição e nenhuma organização tática, como reconheceu o próprio presidente do Inter, Vitorio Piffero. O Inter partiu para o ataque, mas sempre correndo o risco de ser surpreendido.

Neílton quase marcou aos 18, e Sasha fez a torcida vibrar aos 25: lançada da esquerda, a bola chegou a Sasha, pela direita, que bateu cruzado. O gol deu esperança, mas a resposta do Botafogo foi fulminante: um minuto depois, Camilo, estreante no Botafogo, dominou na frente da área do Inter e bateu em curva, no canto esquerdo. Três a um.

Tudo definido? Longe disso. Dois minutos após sofrer o terceiro gol, o Inter marcou de novo: na cobrança de escanteio por Alex, Ernando subiu e cabeceou no ângulo direito. Mais uma vez, torcida e jogadores voltaram a ter esperança de chegar ao empate.

Fernandes perdeu oportunidade clara aos 33 (e foi duramente criticado pelos companheiros) e Bruno Baio, de cabeça, só não marcou aos 42 porque o goleiro do Botafogo fez grande defesa, no ângulo direito.

O Inter volta a campo quarta-feira, em Cariacica, contra o Flamengo, ainda sem Danilo Fernandes e Paulão.


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