A prometida recuperação do Grêmio virou um fiasco. Não apenas pela derrota de 3 a 0 para o Rosario (que também tinha vencido na Arena), na noite desta quinta-feira, no Gigante del Arroyito, mas principalmente pelo péssimo futebol mostrado pelo time.
Perdeu (e foi eliminado da Libertadores) sem reagir, foi lento, sem imaginação, sem soluções ofensivas e mostrando, mais uma vez, erros sucessivos na defesa. Nem Pedro Geromel salvou-se na noite de Rosario.
Os argentinos fizeram três e poderiam ter ampliado porque, a cada vez que iam ao ataque, tinham espaço para ameaçar Marcelo Grohe.
É a terceira competição do ano em que o Grêmio fracassa – e a quarta eliminação consecutiva de Libertadores.
Na maior parte do tempo, foi um Grêmio sem força, especialmente no segundo tempo, quando a torcida esperava alguma reação para tentar anular a vantagem dos argentinos. Ao contrário de força e disposição, a equipe afundou – e em certo momento deu a impressão de que estava sem fôlego, apesar dos oito dias apenas de treinos.
Roger e seus jogadores chegaram a Rosario cheios de planos estratégicos. A ideia era fazer lá o que os argentinos fizeram aqui na Arena: marcar forte e adiantado e pressionar. Nem deu tempo para mostrar o futebol prometido.
Logo aos quatro minutos, Montoya avançou pela meia-direita e lançou para a área. Marco Ruben (na foto, com Ramiro) entrou livre, entre Geromel e Fred, e desviou com o pé esquerdo. Marcelo Grohe ainda tentou segurar, mas deixou a bola escapar para a rede. Um a zero, festa dos torcedores que lotaram o estádio.
O Grêmio tentou reagir, teve uma chance aos 18 minutos (desvio de cabeça de Giuliano, defesa de Sosa), mas deixava claro que o Rosario não teria muitas dificuldades para manter o resultado. Para complicar, no segundo ataque do time argentino, surgiu o segundo gol.
Aos 22, o habilidoso Cervi entrou na área e, cercado por três jogadores do Grêmio, tentou o drible. Foi derrubado por Marcelo Hermes. Pênalti que o goleador Ruben bateu bem, aos 24 minutos, para fazer 2 a 0.
Em toda esta fase, o Grêmio concluiu apenas duas vezes no ataque, além da cabeçada de Giuliano. Uma falta batida por Fred aos 35 (defesa do goleiro) e um chute cruzado, para fora, do lateral Marcelo Hermes.
O Grêmio voltou para o segundo tempo com Pedro Rocha em lugar de Douglas. Roger queria ter mais força ofensiva. Nada mudou. O Rosario seguiu dominando.
Aos 12 minutos, tudo piorou: na cobrança de escanteio da direita, Donatti subiu no meio da área, junto com Geromel, e cabeceou firme, no canto esquerdo. Três a zero.
Roger fez outra tentativa: trocou Bolaños, que nada fez, por Bobô, que pouco faria.
Aos poucos, nervoso e dominado, o time desabou.
O Rosario só não ampliou para 4 a 0 aos 28 minutos porque Marco Ruben, absolutamente livre, com o gol vazio, decidiu fazer uma gentileza ao companheiro de ataque Herrera e, ao tentar o passe, errou.
Agora, o Grêmio volta, busca mudar o que é necessário e passa a se preparar para a estreia no Brasileirão. Terá de reconquistar a confiança de uma torcida profundamente decepcionada.
